Negra Li sofre ataque racista na internet e tem site invadido
Racistas invadem site oficial de Negra Li e publicam imagem de um macaco com a frase “Negro quando voa é urubu; quando corre é bandido”, além de outras mensagens agressivas. A cantora, que disse já ter sido vítima de racismo, lamentou o incidente e publicou um desabafo: “É inacreditável que ainda existam pessoas com um pensamento tão limitado, com disposição para promover o ódio”
Na última segunda-feira (4), o site oficial da cantora Negra Li foi invadido e uma imagem de um macaco junto a um texto racista passou a ser estampado na página. O problema foi resolvido à noite, mas, a cantora, por meio de sua conta de Facebook, fez um desabafo.
A paulista, de 36 anos, contou que, embora sofra ofensas nas redes sociais, essa é a primeira vez que derrubam seu site. “É inacreditável que, em pleno momento em que vivemos, ainda existam pessoas com pensamento tão limitado, com disposição e energia para promover o ódio e a ignorância”, escreveu.
“Tenho muito orgulho de minha trajetória e de tudo que sou e represento, por isso, não me abalo e não deixo que situações como essa tirem a minha paz. Minha posição foi sempre de apagar os comentários, ignorar e seguir em frente sem dar ibope ou rebater esses tipos de críticas. Peço a Deus que um dia essas pessoas possam enxergar o mal que fazem a si próprios e ao mundo e sejam capazes de mudar suas atitudes”, concluiu. Nos comentários, ela recebeu apoio e solidariedade.
O site voltou a funcionar na tarde desta terça-feira (5), mas, enquanto estava fora do ar, ao buscar o nome da cantora no Google, as ofensas ainda apareciam na descrição da página.
Ataques a mulheres negras
O ataque à Negra Li não é o primeiro. Outras mulheres famosas também já sofreram com a agressão. Maju Coutinho, a garota do tempo do Jornal Nacional, foi alvo de comentários racistas nas redes sociais da TV Globo. Mensagens extremamente pejorativas foram direcionadas à jornalista. “Só conseguiu emprego no JN por causa das cotas preta imunda”, dizia uma delas.
O caso de Maju repercutiu e chegou a ser investigado pelo Ministério Público de São Paulo. O objetivo era identificar os autores e de onde vinham as mensagens preconceituosas.
A atriz Taís Araújo também já foi alvo de comentários nas redes após a atualização de sua foto de perfil – algumas das mensagens debochavam da cor da pele da atriz, faziam piada com o cabelo dela e chegaram até a chamá-la de “macaca” e mandaram ela “voltar para a senzala”.
com agências