Para os suíços da IMD, as contas brasileiras são exemplo para os países ricos
Os acadêmicos da conceituada escola de negócios suíça IMD não enxergam nas contas públicas brasileiras o descalabro visto pelos editorialistas de O Globo.
Enquanto o jornal carioca alardeou, recentemente, a ameaça da dívida pública, um estudo da instituição apontou trajetória de queda na relação entre o endividamento soberano e o PIB. Mais do que isso, colocou o Brasil à frente da maior parte do mundo desenvolvido na corrida para trazer a níveis seguros as finanças nacionais.
O Debt Stress Test (simulador de estresse da dívida pública, em português), estudo divulgado recentemente, prevê que até 2015 o endividamento brasileiro atingirá 60% do PIB, abaixo dos 63% atuais.
Os Estados Unidos só chegarão ao mesmo nível em 2033, enquanto o Japão, atualmente o maior devedor do mundo, deverá esperar até 2084 antes de atingir esse patamar. Outros países em destaque na lista, que inclui 58 nações, são Itália (2060), Portugal (2037), França (2029) e Alemanha (2028).
Mesmo que a dívida brasileira ainda esteja acima da média nos países desenvolvidos, de 40% do PIB, o estudo desmonta a incipiente tese de que a situação das contas públicas é uma “herança maldita” a ser deixada pelo governo Lula.
CartaCapital
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