Brasil é elogiado por sua política externa para o Oriente Médio
“O Brasil demonstrou que está genuinamente interessado em soluções pacíficas para todos os problemas e que a paz faz parte do próprio espírito do país”, acrescentou Edwan.
Reuniões
O ministro conversou cerca da uma hora com cada um dos líderes palestinos e, ao final das reuniões, afirmou que reitera a posição brasileira expressa recentemente numa declaração conjunta do grupo Ibas (Índia, Brasil e África do Sul).
A declaração do Ibas, do dia 15 de abril, defende a criação de um Estado Palestino nas fronteiras anteriores à guerra de 1967, tendo Jerusalém Oriental como capital.
Na declaração, os três países também fizeram um apelo ao governo israelense para que congele a construção de assentamentos nos territórios palestinos ocupados, inclusive o chamado “crescimento natural” em Jerusalém Oriental.
“Vim dar seguimento às conversas entre representantes brasileiros e palestinos, particularmente aos recentes encontros entre o presidente Lula e o presidente Mahmoud Abbas”, disse Amorim.
Conteúdo
De acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, Bahaa Zakhout, o ministro Riad Al-Malki agradeceu ao Brasil pela contribuição de US$ 25 milhões (cerca de R$ 44,3 milhões) para a reconstrução da Faixa de Gaza.
“Os ministros também conversaram sobre a ocupação (israelense) e sobre a demolição de casas (palestinas) em Jerusalém Oriental”, disse Zakhout à BBC Brasil.
O porta-voz disse ainda que os ministros marcaram, para novembro, uma conferência econômica que será realizada no Brasil para discutir a possibilidade de um acordo de livre comércio entre o país e a Autoridade Palestina.
Depois de se encontrar com os lideres palestinos, Amorim se reuniu com representantes da seleção feminina de futebol da Palestina, que estiveram recentemente no Brasil, e com Mustafa Barghouti, lider da ONG Iniciativa Nacional Palestina.
Nesta terça feira, o chanceler brasileiro deverá ter um encontro com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, e depois parte para a Síria.
Fonte: BBC Brasil