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Um arsenal anti-pobreza

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RENDA : Estudo do Ipea indica o peso dos programas sociais no bolso dos brasileiros
O Brasil teria 21,7 milhões de habitantes em situação de pobreza a mais se não fossem os programas de transferência de renda, de acordo com um estudo divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O trabalho analisou os efeitos de 30 anos de benefícios previdenciários e de assistência social sobre o rendimento da população. As projeções mostram que, se hoje 18,7 milhões de brasileiros sobrevivem com renda domiciliar inferior a um quarto de salário mínimo por mês, sem o esforço orçamentário de iniciativas como o Bolsa Família esse número chegaria a 40,5 milhões de pessoas.

O estudo aponta o aumento da importância da Seguridade Social para a complementação da renda da população assistida. As transferências monetárias via previdência e assistência social representavam, em 1978, 8,1% do rendimento das famílias. Em 2008, esse porcentual subiu para 19,3%. As ações também tiveram impacto significativo, e crescente, sobre a redução da desigualdade nas últimas três décadas. Em 1978, as transferências de renda amenizavam em 2% as disparidades sociais. Trinta anos depois, esse porcentual chega a 10%.

CartaCapital, edição impressa