A posição brasileira foi transmitida pelo ministro Amorim, por telefone, ao chanceler do Equador, Ricardo Patiño. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sendo informado sobre a situação no Equador por Amorim e pelo assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Segundo Amorim, no comunicado, o Brasil não reconhece quaisquer tentativas de desrespeito à ordem vigente no Equador. Na nota, Amorim chama o Equador de país irmão. O chanceler brasileiro está em Porto Príncipe, capital do Haiti, de onde telefonou para o secretário-geral das Relações Exteriores, Antônio Patriota, que responde como ministro interino, e para o embaixador do Brasil em Quito, Fernando Simas Magalhães.
Cuba
«O governo da República de Cuba condena e manifesta seu mais enérgico rechaço ao golpe de Estado que se desenvolve no Equador”, afirma documento emitido pela Chancelaria.
A nota diz ainda que “Cuba espera que a chefia das Forças Armadas equatorianas cumpra sua obrigação de respeitar e fazer cumprir a Constituição e garantir a inviolabilidade do presidente da República legitimamente eleito e assegurar o Estado de direito”.
Cuba declara também que “rechaça energicamente as declarações atribuídas à chamada Sociedade Patriótica, de Lúcio Gutiérrez que proclama intenções abertamente golpistas” e oferece “o mais absoluto e completo respaldo” ao governo legítimo e constitucional do presidente Rafael Correa”.
O governo cubano considera que fatos como este só servem a interesses externos à região, que pretendem impedir o avanço de processos independentes e transformadores. “É também um intento, diz a nota, de silenciar a voz do Equador e de seu presidente em seu enfrentamento à política intervencionista dos Estados Unidos na região”.
Nicarágua
O governo da Nicarágua denunciou a intentona de golpe de Estado contrao presidente equatoriano Rafael Correa. Através de comunicado, o presidente nicaragüense Daniel Ortega, conclama todos os governos e povos latino-americanos a pronunciarem-se e mobilizarem-se em apoio a Correa e de seu governo.
“Rechaçamos categoricamente os acontecimentos que setores retrógrados e antidemocráticos estão impondo ao povo irmão equatoriano, rompendo sua tranqüilidade e seu direito à paz”, diz o texto da presidência nicaragüense.
Paraguai
Os governos do Chile, da Colômbia e da Espanha também tomaram posição contra a tentativa de golpe no país andino.