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O Brasil hoje é Dilma, para seguir mudando

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O povo brasileiro comparece mais uma vez às urnas hoje, 31 de outubro, para confirmar a escolha que fez no primeiro turno. Todas as sondagens eleitorais indicam vitória de Dilma Rousseff, candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando.
A eleição presidencial direta é uma das maiores conquistas democráticas do país, que, apesar de todas as limitações do processo político e das tentativas que fazem setores das classes dominantes para manter o povo distante do poder, é necessário preservar e aperfeiçoar. As campanhas eleitorais para a Presidência da República são períodos férteis para fazer florescer a democracia e elevar o nível de consciência política do povo. Independentemente da ação amortecedora do debate político desenvolvida por marqueteiros e pela mídia, é durante as campanhas eleitorais que a política entra na casa das pessoas, comparece às filas de ônibus, feiras, supermercados, festas, mesas de bares, estádios de futebol.

Neste domingo, o povo não irá desperdiçar a oportunidade que tem para consolidar essa conquista. Não deixará de comparecer e será uma vez mais o protagonista de um grande momento de amadurecimento da democracia brasileira.

É nossa convicção de que neste domingo o povo brasileiro ratificará a opção que fez em 2002, quando elegeu Lula pela primeira vez, pela construção de um país democrático, soberano e socialmente justo. Desta feita, elegendo Dilma Rousseff. Isto ocorrendo, será a terceira vitória do povo, a inauguração do terceiro mandato democrático e popular.

Ao longo dos úlimos oito anos o Brasil tem passado por importantes transformações. Malgrado condicionalidades externas e a persistência de traços regressivos na macro-economia, o país se recupera economicamente a olhos vistos. Ficou para trás o tempo da estagnação, da recessão e do desemprego, tomou fôlego a recuperação econômica, é acentuado o crescimento econômico, base para a formatação de um novo modelo de desenvolvimento.

O Brasil, durante os dois mandatos do presidente Lula, resgatou sua auto-estima, a soberania nacional falou mais alto e o país atuou com desenvoltura no cenário internacional, com uma política externa altiva e ativa, de defesa da paz, da integração latino-americana, do direito internacional. É definitiva a opção do povo brasileiro de não permitir que o país volte a se comportar de maneira submissa aos ditames dos potentados internaciionais. Diplomacia de pés descalços, nunca mais!

A transformação mais importante que resulta da opção feita em 2002 foi o combate consistente à desigualdade social, através de políticas públicas com acentuado caráter social, da valorização do salário mínimo, da geração de emprego, da defesa de direitos, o que provocou um círculo virtuoso de incorporação de grandes massas da população, antes na miséria absoluta e extrema, ao mercado de consumo. Como afirma a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, “Ninguém pode negar que a ascensão à cidadania de 28 milhões de pessoas que saíram da pobreza, graças ao crescimento econômico e a programas sociais abrangentes e eficazes, deu uma dimensão substantiva, e não meramente formal, ao desenvolvimento da nossa sociedade”.

São estas as principais razões que sustentam a convicção de que é necessário continuar, através da eleição de Dilma, o novo ciclo político aberto no país no ano de 2002, responsável por estas mudanças.

A eleição de Dilma Rousseff neste domingo, ao mesmo tempo que mantém as virtudes deste novo ciclo político, de uma certa maneira, abre ou deveria abrir um novo ciclo. Mais do que continuar as políticas iniciadas por Lula, é preciso avançar e aprofundá-las, numa situação que objetiva e subjetivamente será nova.

São enormes os desafios a enfrentar e vencer. O Brasil ainda é um país profundamdente desigual, o sistema democrático ainda é débil e excludente e sujeito às ameaças de retrocesso advindas das classes dominantes reacionárias; o mundo é carregado de perigos à soberania nacional, ainda vulnerável pela persistência de políticas intrnacionais agressivas e hegemonistas.

Governar o Brasil a partir de 1º de janeiro de 2011 será abrir uma nova etapa, o que requer firmeza quanto às opções feitas e avançar no caminho da realização das reformas estruturais capazes de nos tornar uma nação progressista forte, profundamente democrática, soberana e justa.

Requer também a mobilização das inesgotáveis energias do povo brasileiro, a continuidade e o aprofundamento de sua luta histórica por verdadeiras transformações sociais. Requer também a união de amplas forças políticas em cujo âmbito seja forte o protagonismo das forças de esquerda.

Com sua eleição neste domingo, Dilma Rousseff se transforma na liderança capaz de conduzir este processo, com a plena confiança do povo brasileiro e das forças políticas que a apoiam.

Vermelho