Governador Eduardo Campos (PE) entrega ao presidente Lula a faixa da Ordem do Mérito de Guararapes |
Lula afirmou que sempre procurou viajar muito pelo Brasil para poder conhecer as pessoas, conversar com elas, olhando nos olhos e tocando, porque como disse “não há possibilidade do ser humano interagir se não houver um toque de mão, um abraço, um beijo, um carinho, um olhar olho no olho”. Disse ainda que aprendeu muito com as três derrotas que sofreu em eleições presidenciais (em 1989, 1994 e 1998). A lição principal: não é possível governar bem o País sem conhecer sua terra e sua gente:
“Era preciso que o presidente tivesse um olhar total do seu País, para conhecer o seu povo, e poder governar distribuindo possibilidades para que todos tivessem condições de participar do desenvolvimento desse País.
Foi a partir da descoberta das eleições de 1989, em que eu descobri que era falsa a disputa eleitoral, que um presidente da República pegar um avião em São Paulo, descer no aeroporto de Recife, subir num palanque, voltar para o aeroporto e voltar para São Paulo não lhe permitia o povo pernambucano, era preciso que ele conhecesse um pouco mais. (…) Foi a partir daí que resolvi fazer as caravanas da cidadania.
E comecei fazendo a primeira caravana percorrendo o trajeto que a minha mãe percorreu com oito filhos, saindo de Caetés até a cidade de Santos, em São Paulo. Parando em cada cidade, conversando com as pessoas. Depois eu percorri 91 mil km de carro, de trem, de ônibus, de barco. Para conhecer a cara, o jeito, o contar da piada, da graça, o cantar do povo pernambucano, o sofrimento do povo brasileiro. E isso me deu uma dimensão do Brasil que eu queria governar.”