Brasil será 4ª maior economia do mundo em 2050, diz estudo da PWC
A crise financeira está deslocando o centro do poder econômico mundial para os países emergentes e, até 2020, as sete grandes economias em desenvolvimento do mundo serão maiores do que os atuais sete países mais ricos (G-7). Até 2050, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil vai ultrapassar o do Japão.
Essas são algumas das conclusões de uma pesquisa da PricewaterhouseCoopers (PWC), que revela que os países emergentes saem fortalecidos da crise, oferecendo grandes oportunidades para as empresas multinacionais.
China e Índia na frente
O estudo projeta uma classificação futura das vinte maiores economias do mundo em 2050. Em termos de PIB calculado pela paridade de poder de compra – que ajusta os resultados para os diferentes níveis de preços dos países -, o Brasil aparecerá na quarta posição, superando o Japão e atrás dos EUA.
Até 2050, de acordo com as estimativas, a China e a Índia já terão superado a economia americana – hoje em primeiro lugar no ranking – e serão as duas maiores economias do mundo, nesta ordem. Já em 2011, a Índia deve superar o Japão e o Brasil ganhará da França.
O estudo destaca o crescimento da Índia. “A tendência de crescimento da Índia deve superar a da China em algum ponto durante a próxima década, já que a Índia tem uma população mais jovem e economicamente ativa que cresce mais rápido do que a China”, afirma a PWC.
Rússia
Na classificação de 2050, Rússia ficará em sexto lugar, seguida do México e da Indonésia. A Alemanha, que na classificação atual (que utiliza dados de 2009) é a quinta maior economia, cairá para a nona posição, onde se encontrava o Brasil no último ranking. A Argentina será o último dos vinte países mais ricos em 2050.
Segundo as projeções da PWC, os sete maiores emergentes hoje – China, Índia, Brasil, Rússia, Indonésia, México e Turquia – serão, em 2050, duas vezes maiores do que os atuais países mais ricos (G-7).
O resultado reflete uma convergência que tem sido verificada entre os dois grupos. Em 2007, o PIB dos G-7 era 60% maior do que o PIB dos sete emergentes. Em 2010, a consultoria estima que esta diferença deva cair para cerca de 35%.
“De um lado, a competição das multinacionais dos emergentes vai aumentar constantemente e, mais tarde, vai subir na cadeia de valor da indústria e de alguns serviços (incluindo os financeiros, dada a fraqueza do sistema bancário ocidental depois da crise)”, afirmou a empresa em, nota.
A apuração dos dados foi feita com os atuais G-20, mais Vietnã e Nigéria. Foram utilizados dados do Banco Mundial referentes a 2009.
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Valor Econômico