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Negros presidiários superam número de ex-escravos nos EUA

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Taxa de negros na população penal norteamericana surpreende
A taxa de negros na população penal dos Estados Unidos é surpreendente e, longe de diminuir, os índices aumentam, afirmou um especialista.
Mais de 40% dos cerca de dois milhões e meio de estadunidenses que se encontram nas prisões do país correspondem a esse grupo.

Discriminação

Michelle Alexander, professor de Direito em Ohio, expressou que a taxa é “surpreendente”, em grande parte, por práticas discriminatórias e o injusto sistema judicial.

A denominada guerra contra as drogas – advertiu -, um problema que atinge a sociedade em seu conjunto, é realizada quase exclusivamente nas comunidades pobres de residentes negros.

“Os estudos têm demonstrado que os brancos usam e vendem drogas ilegais a preços iguais ou superiores aos negros”, pontualizou, citado pela página digital Alter Net.

Negros e latinos

Autor do livro The New Jim Crow: Mass Incarceration in the Age of Colorblindness, Alexander considerou que em algumas comunidades negras do país, “quatro em cada cinco jovens pode esperar para ser aprisionado no sistema de justiça penal durante sua vida”.

E destacou também que neste momento há “mais homens afroestadunidenses presos ou em liberdade condicional que todos os que foram escravizados em 1850, antes da Guerra Civil”.

Segundo cifras oficiais um em cada nove homens negros entre os 20 e 34 anos estão na prisão, enquanto no país uma em cada cem pessoas se encontra atrás das grades.

Com cerca de 5% da população mundial, os EUA concentram 25% dos encarcerados. Além dos negros, o fenômeno também é recorrente entre latinos e indígenas. Na atualidade as indústrias nas prisões geram lucros de cerca de US$ 30 bilhões ao ano.

Prensa Latina