As organizações que compõem o Comitê Contra o Genocídio da População Negra classificaram como “censura” a apreensão de faixas e cartazes no ato do “13 de Maio”, realizado na última sexta-feira, em frente ao Teatro Municipal, na cidade de São Paulo. Entre 12h e 20h, a mobilização reuniu movimentos negros, populares e sindicatos.
Em carta endereçada à Secretaria de Segurança Pública e ao Alto Comando da Polícia Militar, o Sindicato dos Advogados de São Paulo pediu apuração dos fatos e investigação de possível prática de censura, abuso de autoridade e violação dos direitos humanos.
A truculência da PM de São Paulo é tradicional |
A ação da polícia contou com 12 viaturas da PM com um efetivo de cerca de 30 homens armados que tentaram impedir a manifestação e aprenderam faixas e banners onde constavam denúncias acerca do grande de número de jovens mortos pela polícia. Um vídeo gravado pelos manifestantes flagrou o momento em que foram repreendidos.
No dia anterior (12), o Comitê se reuniu com deputados que integram a Comissão de Direitos Humanos da Assembeia Legislativa. Na ocasião, foi protocolado um pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar abusos cometidos por policiais civis e militares no estado.
No encontro com os deputados a defensora Daniela Skromov Albuquerque informou que os Núcleos de Direitos Humanos e Combate ao Racismo da Defensoria Pública de São Paulo acionaram o Governo do Estado, por meio de ofício. Foram pedidas explicações sobre os encaminhamentos feitos após a Audiência Pública sobre execuções sumárias, realizada no final de 2010.
Fonte: Radioagência NP