Mídia homicida: Folha e Estadão torcem pela piora na saúde de Chávez
Apesar do mau olhado, Chávez retornou à Venezuela |
Em entrevista neste domingo (3), o ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Nicolas Maduro, garantiu que a cirurgia foi um sucesso e que o tumor, localizado na mesma área onde um abscesso pélvico havia sido drenado anteriormente, foi “retirado a tempo” e que não havia ocorrido metástase.
Torcida macabra dos golpistas
A notícia conteve as especulações sobre a saúde de Hugo Chávez e foi festejada no país. Mas os abutres de plantão não dão trégua, numa torcida macabra por sua morte. A oposição golpista da Venezuela, a mesma que tramou o assassinato do presidente no frustrado golpe de 2002, agora exige a sua renúncia.
Num primeiro momento, ela tratou a internação em Cuba como “uma manobra para distrair o eleitorado”, segundo declarou o principal líder da direita, Henrique Capriles Radonski. Na sequência, a oposição golpista passou a exigir que a Justiça declarasse a “ausência temporária” de Chávez, dando posse ao seu vice.
“Estamos muito otimistas”, diz Chávez
Numa entrevista à Rádio W, da Colômbia, Elías Jaua, vice-presidente da Venezuela, rechaçou os planos dos golpistas. “Estamos absolutamente seguros, para desagrado da oposição, que o presidente estará aqui antes dos 180 dias” previstos para o seu tratamento em Cuba.
De Havana, Chávez também mandou um recado para os golpistas. “Estamos muito otimistas”, afirmou o presidente de 56 anos. Ele também agradeceu as mensagens de apoio e contou que havia conversado com os presidentes Rafael Correa (Equador), Evo Morales (Bolívia) e Cristina Kirchner (Argentina).
A torcida do Estadão e da Folha
No episódio do câncer do presidente venezuelano novamente chama a atenção a postura colonizada, servil e macabra da velha mídia brasileira. Nas telinhas da TV, âncoras e comentaristas não disfarçam a torcida pela piora da saúde do “ditador populista” Hugo Chávez. O tratamento do câncer é politizado, ideologizado.
Já a Folha acionou um consultor empresarial, Christopher Garman, para falar sobre o futuro da Venezuela. Para ele, “a saúde do presidente se transformou em fator determinante para as eleições presidenciais do ano que vem”.
“Caso o presidente venha a se recuperar, ele facilmente transformará o episódio em mais uma evidência de seu espírito lutador, que atravessa adversidades com êxito. O script pode ser muito parecido ao que ocorreu no Brasil com o estado de saúde da presidente Dilma Rousseff no ano antes da eleição de 2010. Entretanto, caso o estado de saúde dele seja mais grave e ele não tenha plena capacidade de governar e conduzir uma campanha eleitoral, a eleição fica em aberto. Caso o eleitorado tenha dúvidas sobre sua capacidade de governar, a oposição terá chances concretas de vencer”. É muito nojento!