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Médica que cercou casa com seringas de HIV positivo causa indignação

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Mulher diz que tomou atitude porque está cansada de ser roubada. Seringas serão avaliadas para confirmar se estão realmente infectadas
Médica usa seringas com HIV como proteção
A médica que fixou seringas nas grades do muro de sua casa, no Distrito
Federal, informando que elas estariam com sangue contaminado pelo vírus
HIV positivo será encaminhada para avaliação clínica quando retornar ao
trabalho, segundo nota divulgada hoje pela Secretaria de Saúde do DF.

A
mulher trabalha como ortopedista no Hospital Regional do Paranoá e se
encontra em abono anual, direito que os servidores públicos têm para
ficar alguns dias ausentes do serviço.

Segundo a direção do
hospital, será investigado se a médica se apropriou do material
utilizado em seu ambiente de trabalho e, caso seja confirmado, será
aberto um processo de sindicância para apurar os fatos. 
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não têm autorização para retirar material médico-hospitalar da unidade
de saúde.
Polêmica

“Muro com sangue. HIV
Positivo. Não ultrapasse”, consta de um aviso que a mulher colocou na
grade, segundo imagens divulgadas neste domingo pelo canal de televisão
“Globo”, a quem declarou que decidiu agir assim porque se sente
“desprotegida”.

“A primeira vez foi o cortador de grama, seguido
de um secador de cabelo e uma câmara fotográfica e depois um televisor”,
relatou sobre os objetos que foram roubados.

Vizinhos da médica
reagiram indignados e revelaram que denunciaram o caso à Polícia, que
por sua vez respondeu que não pode fazer nada, pois se trata de uma
propriedade privada e não há “nada” que configure um crime.

A
Associação dos Moradores, no entanto, baseada em normas municipais,
pediu a médica para retirar as seringas e lhe deu um prazo de cinco dias
para fazer isso, sob ameaça de multa.

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O primeiro-secretário do
Conselho Regional de Medicina, Farid Buitrago, disse que essa entidade
não foi notificada sobre o assunto, mas criticou a médica.

“Toda
providência que uma pessoa ou um médico adotar para tentar ferir ou
agredir uma pessoa deve ser condenada”, declarou Buitrago, quem, além
disso, considerou que as autoridades devem investigar como a mulher se
apropriou das mostras do vírus.

Jornal Correio do Povo