A tendência é que Lula supere a doença com pouca ou nenhuma sequela e volte a levar uma vida normal em breve, talvez a partir de fevereiro, quando o tratamento terminar.
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Segundo os médicos, Lula quer o caso tratado com “transparência”, para evitar que informações imprecisas se espalhem por ação de “palpiteiros”, atitude semelhante à que teve a presidenta Dilma Rousseff quando passou pelo mesmo problema. O áudio da entrevista está disponível na internet na página do Instituto Cidadania, do qual o ex-presidente é patrono.
Os médicos disseram que só voltarão a dar entrevista se acontecer algo (de bom ou ruim)
durante o tratamento que justifique. E que vão prestar informações novas apenas por meio de boletins médicos.
O tratamento de Lula contra o tumor começou nesta segunda-feira, com a primeira sessão de quimioterapia. Serão três sessões ao todo, com intervalo de 21 dias entre uma e outra. Depois da segunda, já será possível avaliar como o paciente está reagindo. Em janeiro, com a quimioterapia encerrada, Lula vai se submeter a radioterapia, de forma complementar.
A quimioterapia é um tratamento “agressivo” e provocará queda de cabelo, motivo de curiosidade inicial do ex-presidente, segundo os médicos, quando ele soube que teria de enfrentá-la. O impacto sobre a voz deverá ser mínimo ou nulo, mas, mesmo assim, o ex-presidente terá apoio de uma fonoaudióloga durante o tratamento.
Lula vai passar esta primeira noite no hospital, onde vai receber a visita da presidenta Dilma Rousseff. O porta-voz da Presidência, Rodrigo Baena, informou que Dilma irá ao hospital antes de cumprir uma agenda marcada para de noite, também em São Paulo – a festa anual de premiação de empresas admiradas promovida pela revista Carta Capital.
O tumor de Lula foi detectado a partir de exames feitos sexta-feira (28) e de uma biópsia no sábado (29). Ele vinha se queixando de dor e incômodo na garganta e comentou com o médico particular, Roberto Kalil, na quinta (27) à noite, enquanto comemorava o aniversário de 66 anos numa pequena festa reservada.
De acordo com os médicos, as causas prováveis para o surgimento do câncer foi o consumo de cigarro e álcool. “O diagnóstico foi feito em estágio relativamente inicial (…). Pela localização e pela extensão do tumor, ele tem uma chance muito boa de não precisar de cirurgia”, disse o médico Luiz Paulo Kowalski. “Acreditamos que ele não tenha nenhuma dificuldade em retornar a uma vida absolutamente normal muito em breve”, afirmou o médico Artur Katz.
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Carta Maior