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‘Deus criou os Estados Unidos para liderarem o mundo’, diz presidenciável americano

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Com um Obama fragilizado, as portas do império novamente abrem-se para o que há de mais conservador
Impulsionado pelas pesquisas de intenção de voto, que o colocam à frente do presidente Barack Obama, o pré-candidato republicano Mitt Romney desenterra os pensamentos mais retrógrados. Em ato na Carolina do Sul centrado em política externa, pediu um século de domínio americano, falou em ignorar instituições como a ONU se necessário e disse que Deus criou os Estados Unidos para liderarem o mundo.

– Este tem quer ser um século americano. Num século americano, a América tem a economia mais forte e o maior poder militar do mundo – afirmou Romney. – Deus não criou esse país para ser uma nação de seguidores. A América não é destinada a ser uma das várias potências globais igualmente equilibradas. A América precisa liderar o mundo, ou alguém tomará a frente.

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O local escolhido para o discurso não foi por acaso. A Carolina do Sul é um dos primeiros estados a ter primárias, em janeiro, e é crucial para as pretensões de Romney. Segundo uma pesquisa da Universidade de Quinnipiac divulgada nesta semana, o ex-governador de Massachusetts continua à frente na corrida republicana, com 22% dos votos, contra 17% do empresário Herman Cain e 14% do governador do Texas, Rick Perry.

Num eventual confronto com Obama, Romney também sairia na frente. De acordo com a pesquisa, ele tem 46% das intenções de voto, quatro pontos à frente do presidente americano.

No discurso, Romney classificou os esforços de Obama para melhorar a imagem dos Estados Unidos como um “tour de desculpas” e acusou o governo de enfraquecer o papel do país.

– Ao mesmo tempo em que deveríamos trabalhar com outras nações, nós sempre nos reservamos o direito de agir sozinhos para proteger os interesses vitais do país- continuou o republicano. – Quando a América está forte, o mundo fica mais seguro.

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O ato na Carolina do Sul foi interpretado como um passo de Romney para ganhar terreno em política internacional, um campo em que Obama tem mais experiência que qualquer outro candidato republicano. A campanha, no entanto, caminha mais para assuntos internos, como imigração e economia, do que externos.

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Agências