Em 1º de outubro de 1944, a primeira de duas séries de experiências médicas envolvendo castração são levadas a cabo em homossexuais no campo de concentração de Buchenwald, perto da cidade de Weimar, Alemanha. Buchenwald foi um dos primeiros campos de concentração instalados pelo regime nazista. Construído em 1937, foi um complemento aos campos do norte, Sachsenhausen, e sul, Dachau, e foi erguido para nele se utilizar o trabalho escravo nas fábricas de munição locais, 24 horas por dia em turnos de 12 horas.
Leia mais:
- Clínicas oferecem ‘desomossexualização’ de lésbicas com práticas subumanas
- Menores fizeram sexo com soldados da ONU em troca de comida, diz WikiLeaks
- Trabalhador homossexual da Sadia foi empalado por ‘colegas’ com mangueira de ar
Embora tecnicamente não fosse um campo de extermínio, pois lá não havia câmaras de gás, não obstante eram comuns centenas de prisioneiros morrerem por desnutrição, doenças, maus tratos e execuções. Na verdade era uma câmara de horrores, onde experiências médicas dos tipos mais cruéis eram realizadas com prisioneiros contra sua vontade. As vítimas eram amiúde e intencionalmente injetadas com diversas infecções a fim de se testar vacinas.
Os gays eram denunciados como “inimigos do Estado” e acusados de “corromper” a moral pública e ameaçar o crescimento populacional alemão. Líderes nazis, como Himmler, consideravam também que os homossexuais eram uma raça à parte e promoveram experiências médicas em que tentavam encontrar alguma deficiência hereditária que julgavam ser a causa da homossexualidade.
Os tratamentos aos gays nos campos de concentração eram excessivamente cruéis. Além de serem agredidos por guardas, eram perseguidos muitas vezes também por outros prisioneiros. Sob a política do Arbeit macht frei (O trabalho faz a liberdade) nos campos de trabalhos forçados, recebiam regularmente os trabalhos mais pesados ou perigosos. Os soldados da SS utilizavam muitas vezes o triângulo rosa como alvo para prática de tiro. Esse tratamento cruel pode ser atribuído tanto às opiniões dos guardas da SS como às atitudes homofóbicas generalizadas na sociedade alemã da época.
- Para provar não ser gay, padre pede à diocese que meça o seu ânus
- Quando o seu preconceito concede permissão até para matar
- Bispo justifica pedofilia: ‘tem criança que provoca’
–
_