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Beijo na boca entre políticos e religiosos gera polêmica em nova campanha

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A Benetton, em sua nota, afirmou que “o sentido desta campanha é exclusivamente combater a cultura do ódio sob todas as formas”
Uma fotomontagem em um outdoor em Roma mostra o papa Bento 16 e o imã sunita Almed el Tayyeb, da universidade egípcia de Al-Azhar, se beijando na boca.

Trata-se da nova campanha da Benetton cujo slogan é “Neste mundo, o ódio nunca é apaziguado pelo ódio. Só o não odiar pode apaziguar o ódio”.

A campanha mostra outras personalidades mundiais antagônicas ou rivais se beijando, como o presidente americano Obama e o líder chinês Hu Jintao e a chanceler da Alemanha Merkel e o presidente da Franca Sarkozy. Obama e o presidente venezuelano Chaves também trocam carinho entre si.

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Na versão em vídeo da campanha Unhate (não ódio) aparecem entre tapas e beijos pessoas comuns, heteros e homos.

As campanhas publicitárias da Benetton são sempre provocadoras de polêmicas e quase sempre contestadas com veemência.

Desta vez, nem bem o outdoor foi inaugurado em Roma, o presidente da Associação dos Telespectadores Católicos Italianos, Luca Borgomeo, pediu a imediata retirada da fotomontagem. “Será que a Benetton não pode conceber uma coisa melhor?”

A primeira vez que uma campanha da Benetton irritou os católicos foi nos anos 90 ao mostrar uma freira de hábito branco beijando na boca um padre de batina preta.

Na tarde de hoje, a Benetton anunciou ter cancelado o outdoor do beijo entre Bento 16 e Tayyeb por causa da repercussão. Comunicado da empresa diz que não esperava que os fiéis se sentiriam tão chocados.

Antes, o padre Fedrico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse que a campanha era uma falta de respeito para com o papa.

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A Benetton, em sua nota, afirmou que “o sentido desta campanha é exclusivamente combater a cultura do ódio sob todas as formas”.

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