Redação Pragmatismo
Dilma Rousseff 24/Nov/2011 às 17:57 COMENTÁRIOS
Dilma Rousseff

Jair Bolsonaro sugere que Dilma é homossexual

Publicado em 24 Nov, 2011 às 17h57

Na tribuna, o deputado questionou a sexualidade da presidente, ao criticar as políticas pela igualdade de direitos do governo

O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) voltou à carga. Em discurso na tribuna da Câmara nesta quinta-feira, além de repetir as tradicionais críticas às políticas pró-homossexuais do governo, deu um passo além: questionou a sexualidade da presidente da República.

Dilma Rousseff, pare de mentir! Se gosta de homossexual, assuma! Se o seu negócio é amor com homossexual, assuma, mas não deixe que essa covardia entre nas escolas do primeiro grau!”, esbravejou, ao apontar aquilo que chama de Kit Gay 2 – uma campanha elaborada sob o pretexto de combater o preconceito contra homossexuais nas escolas.

O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), que discursou em seguida, reprovou a postura de Bolsonaro: “O que nós ouvimos aqui hoje foi um discurso que, se entendi direito, faltou com o decoro parlamentar ao fazer insinuações a respeito da própria presidente da República, quando acho que a opção sexual de qualquer ser humano, deputado, é uma questão de foro íntimo desse mesmo ser”.

Senadora Marta Suplicy reage com indignação às declarações de Bolsonaro

A vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), reagiu na tarde desta quinta-feira (24/11) ao deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) que em discurso na Câmara dos Deputados questionou a sexualidade da presidenta da República, Dilma Rousseff. Ela cobrou “providências enérgicas” do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), contra o que considerou “quebra de decoro parlamentar”.

Eu não sei nem o que dizer de tão absurdo”, desabafou a senadora. Ela lembrou que Bolsonaro é reincidente em declarações preconceituosas. “Além de repetir, ele deu um passo além. Como mãe, mulher, senadora e vice-presidenta desta Casa, peço ao presidente Marco Maia tome providência enérgica. É preciso dar um freio de arrumação, houve falta de decoro parlamentar. Ele tem ofendidos pessoas, cidadãos comuns e, agora, a própria presidenta da República”, enfatizou.

Marta explicou que não considera ofensivo referir-se a alguém como homossexual, mas lembrou que a orientação sexual “é uma questão de foro íntimo das pessoas”.

Em entrevista após o protesto feito em plenário, Marta Suplicy reclamou do “retrocesso” que ocorre no País atualmente em relação aos direitos dos homossexuais.

Vemos hoje um retrocesso no Brasil. Enquanto há 16 anos, quando eu fiz o projeto da união estável, a Argentina era um país extremamente conservador. Hoje, a Argentina tem casamento gay e nós temos espancamentos na Avenida Paulista. Esse retrocesso, essa radicalização que vemos hoje, acredito que não faz bem para a população brasileira”.

Assista ao vídeo:

Agências

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