A Câmara de Senadores do Uruguai encerrará nesta terça-feira (27) suas sessões anuais com uma ordem do dia de nove pontos, e os mais dois significativos abordarão o imposto agrícola e a legalização do aborto.
O senado está convocado em caráter extraordinário desde as 10h, mas as maiores discussões estarão reservadas para os dois últimos pontos.
Analistas assinalaram que a Frente Ampla, coalizão no poder, tem os votos para aprovar ambos os projetos de lei.
A página web Red 21, do jornal La República, antecipou que o senador da Frente Ampla, Carlos Baraibar, é contrário à legalização do aborto e não comparecerá à sessão, sendo substituído por seu suplente, Milton Antognazza, que deve votar a favor da questão.
Leia também
- Absurdo: Bispo sugere que mulheres só são estupradas quando querem
- O aborto mal feito é a terceira causa de morte materna
- Carrefour obriga funcionária a tirar a roupa em público
Do lado da oposição, o parlamentar do Partido Nacional, Jorge Saravia, anteriormente frenteamplista, votará também a favor da iniciativa, segundo ele mesmo adiantou.
Grupos a favor e contra a legislação anunciaram mobilizações nos arredores do Palácio Legislativo, sede do Parlamento, bem como nas bancadas de senadores para prosseguir as exposições.
Também para esta terça-feira está marcada a votação do Imposto à Concentração de Imóveis Rurais (ICIR), adiado da sessão da quarta-feira passada por falta de quórum.
Anteriormente, a Câmara de Representantes sancionou em novembro o ICIR, conhecido também como o tributo ao agro.
O regulamento prevê que os donos de dois mil a cinco mil hectares paguem US$ 8 por ano por hectare, os que possuam entre cinco mil e 10 mil desembolsarão US$ 12 e, por maiores extensões, US$ 16.
Leia mais
- Bolsa Estupro? Deputado evangélico luta por aprovação de lei polêmica
- Violência sexual não tem graça: Zorra Total repete lógica de Rafinha Bastos
Especialistas asseguram que essas taxas permitirão arrecadar US$ 60 milhões anuais, que deverão ser aplicados na construção de estradas, portos e ferrovias.
Fonte: Prensa Latina