O advogado do estudante contou que as mulheres podem ser indiciadas por segregação racial, que tem pena de 1 a 3 anos em regime fechado. O crime é inafiançável.
Segundo a vítima, tudo começou quando Marcos Davi Silva e Silva chegou da academia e seguiu em direção ao seu apartamento. Ao tentar entrar no elevador de serviço do edifício, ele foi barrado pelas vizinhas, mãe e filha, que o proibíram de entrar no ascensor. “Você não vai entrar aqui não, sua coisa“, teria dito a mãe, segundo o advogado.
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Assustada, a vítima perguntou o motivo do impedimento, quando uma das vizinhas respondeu que “não andava com pessoas como ele“. Após uma discussão com o uso de muitos palavrões, ainda segundo o jovem de 26 anos, as mulheres, de identidades não divulgadas, saíram da área de acesso ao elevador e foram à portaria prestar queixa no livro do condomínio.
Após as agressões verbais, Marcos foi à 16ª Delegacia Territorial (DT/Pituba), onde prestou queixa e foi ouvido pelo delegado plantonista, Alberto Schramm. O delegado não quis dar mais detalhes sobre o caso, mas informou que o registro foi realizado e disse que foram emitidas intimações para as testemunhas e as vizinhas do universitário.
As imagens do circuito interno de segurança do edifício também serão utilizadas no inquérito, segundo o delegado. O advogado do estudante contou ainda que as mulheres podem ser indiciadas por segregação racial, que tem pena de 1 a 3 anos em regime fechado. O crime é inafiançável.
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Agências