Antes de visita à ilha, papa pediu mudanças em Cuba e classificou a ideologia marxista como ultrapassada
O vice-presidente do Conselho de Ministros de Cuba, Marino Murilo rebateu as declarações de Bento XVI, que também havia defendido a construção de uma “sociedade aberta” no país. “Em Cuba não haverá reforma política”, disse o dirigente. “Estamos falando da atualização do modelo econômico cubano que faça com que nosso socialismo seja sustentável e que tem a ver com o bem-estar do nosso povo“.
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Murilo supervisiona o programa de reformas econômicas colocadas em prática em Cuba desde que Raúl Castro assumiu a Presidência, em 2008. Ele disse que o governo cubano tem se espelhado nas experiências de outros países, como Rússia, China e Vietnã, para flexibilizar o modelo econômico centralizador inspirado na extinta União Soviética. “Estudamos o que está sendo feito em todo o mundo para atualizarmos o nosso modelo socialista com características bem cubanas, que se ajuste a nossas condições”, acrescentou.
Até agora, o papa já citou, em seus pronunciamentos, os presos cubanos, sem especificar se se referia aos detidos por motivos políticos.
A visita papal a Cuba coincide com uma nova estadia do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, na ilha, onde se submete a um tratamento de radioterapia contra o câncer, o que gerou especulações sobre a possibilidade de um encontro com o pontífice.
No entanto, o porta-voz vaticano, Federico Lombardi, reiterou na segunda-feira em entrevista coletiva em Santiago de Cuba que “não há nenhum pedido de audiência pessoal do presidente Chávez com o papa” e acrescentou que “se (Chávez) deseja ir à missa (da quarta-feira em Havana) pode fazê-lo como qualquer cidadão”.
Com informações de Agências Internacionais