Internauta preso por racismo e homofobia já havia espancado a própria mãe
Mãe de Marcelo Silveira apanhou por não concordar com a mudança da TV para o quarto dele. Jovem é um dos responsáveis pela página que estimulava ódio contra negros, nordestinos, homossexuais e mulheres
O brasiliense e ex-estudante da Uniban Marcelo Silveira já tinha três queixas registradas contra ele na polícia, no ano passado. Duas delas, de difamação e ameaça, aconteceu depois de ele publicar mensagens racistas em um site de relacionamentos na internet. A outra denúncia foi feita por ele atacar a própria mãe com socos e pontapés. A agressão teria acontecido porque a vítima não concordou com a mudança da TV para o quarto dele.
Silveira e Emerson Rodrigues foram detidos, na última quinta-feira (22), durante uma operação da Polícia Federal em Curitiba (PR). Eles são suspeitos de manter uma página na internet com mensagens de ódio contra negros, nordestinos, comunistas, mulheres e homossexuais. Eles também estimulam o sexo com menores de idade.
De acordo com a polícia, a dupla planejava ataques a estudantes de Ciências Sociais da UnB (Universidade Federal de Brasília). Eles ainda são suspeitos de fazerem parte de uma seita que seria a mesma seguida pelo assassinado de Realengo.
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Uma denunciante do caso, que não quis se identificar, disse que conheceu Rodrigues e ele sempre foi um homem muito violento. Segundo a mulher, ele afirmava constantemente que não gostava de negros, homossexuais e judeus.
– Ele é um homem extremamente inteligente, porém muito violento, descontrolado, agressivo e racista.
Nos perfis de Rodrigues nas redes sociais, ele se descrevia como engenheiro que já havia atuado em diversos países do mundo, mas afirmava que não tinha diploma.
Ele dizia também que queria ir embora do Brasil e conseguir a cidadania italiana, onde a maioria das pessoas é loira e as mulheres “não tomam o espaço de trabalho dos homens”. Segundo suas publicações, as mulheres que tivessem relação sexual com negros deveriam morrer.
R7