Além do lançamento do documentário, estão programados shows do rapper GOG, Poesia Banda Soul, Preto Soul, Lurdez da Luz, Forró Nova Onda, Veja Luz, Wesley Noog e Zinho Trindade.
Equipe SolidariedadePinheirinho
O Movimento Urbano dos Sem-Teto (MUST) vai realizar, no próximo sábado, dia 3, um ato-show em comemoração aos oito anos de ocupação do Pinheirinho. Mesmo depois de terem sido expulsos de suas casas, no dia 22 de janeiro, os moradores se mantêm na luta pela desapropriação da área.
O ato “Somos todos Pinheirinho” vai reunir, no Campo dos Alemães, artistas, sindicalistas, moradores e integrantes de movimentos populares. Estão programados shows do rapper GOG, Poesia Banda Soul, Preto Soul, Lurdez da Luz, Forró Nova Onda, Veja Luz, Wesley Noog e Zinho Trindade.
Também haverá uma mostra de vídeos produzidos por profissionais e amadores, que retratam a desocupação do Pinheirinho. O cineasta argentino Carlos Pronzato vai realizar, durante o ato, o lançamento do filme “Pinheirinho: tiraram minha casa, tiraram minha vida”.
Toda a programação acontecerá no chamado “campão”, onde teve início a ocupação do Pinheirinho, em 2004.
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O “campão” fica na Avenida Adonias da Silva, no Campo dos Alemães. O ato será das 15h às 22h.
Histórico
A Ocupação Pinheirinho completou oito anos no dia 26 de fevereiro. Antes da violenta ação que resultou na expulsão das famílias há um mês, a área servia de abrigo para cerca de 9 mil moradores. Mesmo sem qualquer estrutura garantida pelo poder público, as famílias construíram suas próprias casas, igrejas e pontos comerciais.
A área só foi ocupada em razão do déficit habitacional crítico existente em São José dos Campos. Famílias que durante anos aguardavam na fila da CDHU decidiram, na época, transformar a área abandonada em um lugar para construírem suas casas.
Ao longo dos anos, moradores travaram-se uma dura batalha judicial que resultou na reintegração de posse determinada pela juíza da 6ª Vara Cível de São José dos Campos, Márcia Loureiro.
“Apesar da reintegração de posse, os moradores não desistiram da luta. Mesmo a truculência da PM e o autoritarismo do prefeito Cury e da juíza Márcia Loureiro não conseguiram acabar com a unidade dos moradores. Nossa luta permanece até que cada uma das famílias consiga recuperar o direito a sua parte no Pinheirinho. Queremos que o governo federal desaproprie o Pinheirinho”, afirma Valdir Martins de Souza, o Marrom.
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