Em abril, outra jovem que participava de festas revelou ainda que nos eventos, as mulheres se fantasiavam de freiras e, até mesmo, como o jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho.
Uma jovem dominicana que participou das festas privadas do ex-premiê italiano Silvio Berlusconi, conhecidas como “bunga-bunga”, afirmou nesta sexta-feira (25/05) que chegou a se fantasiar como Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, para agradar o então chefe de Estado do país.
Marysthelle Polanco testemunhou nesta sexta-feira durante nova audiência do Caso Ruby, no qual o ex-premiê é acusado de promover prostituição de menores e também por abuso de poder.
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Em seu depoimento, a jovem disse também que, para agradar o italiano, se vestiu como a promotora Ilda Boccassini, que já investigou Berslusconi. “Me disfarcei de Boccassini, com a toga por cima, e também de Obama, para fazê-lo rir”, disse Marysthelle, em audiência no Palácio de Justiça de Milão.
A dominicana é uma das jovens que se alojava no apartamento cedido por Berlusconi no complexo residencial Milano 2. Ao chegar ao tribunal, Marysthelle disse que faria declarações inéditas, mas eu seu depoimento relatou que nada de “muito atrevido” acontecia nas festas promovidas pelo ex-premiê.
“Eu costumava me vestir no estilo burlesco, com calcinhas e sutiãs muito elaborados e com plumas. Nunca vi nenhuma menina nua”, afirmou a jovem, que disse ainda que as convidadas “não se deixavam tocar nem tocavam as partes íntimas de Berlusconi”.
Em abril, a marroquina Imane Fadil também afirmou que participou de festas promovidas pelo ex-premiê. A jovem disse ainda que nos eventos, as mulheres se fantasiavam de freiras e, até mesmo, como o jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho. À época, o brasileiro atuava no Milan, clube que já foi presidido por Berlusconi.
No Caso Ruby, Berlusconi é acusado pela promotoria de Milão por ter mantido relações sexuais com a marroquina enquanto ela ainda tinha 17 anos, entre fevereiro e março de 2010. Além disso, Berlusconi teria ligado à uma delegacia onde Ruby havia sido presa em 27 de maio de 2010 para pedir sua libertação.
Agência EFE