Racismo: Professor universitário diz que mulher deveria 'cuidar de orangotangos na África'
Polícia do DF investiga denúncia de racismo contra atendente de cinema. Homem disse que ela ‘deveria estar na África, cuidando de orangotangos’. Delegado que apura o caso afirma que suspeito é doutor em psicanálise e professor universitário. Abaixo, assista também a reportagem do caso em vídeo.
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga a denúncia de discriminação racial a uma funcionária de um cinema na Asa Norte, na tarde de domingo (28). Marina Serafim dos Reis, de 25 anos, ouviu de um cliente que “não deveria estar lidando com gente, deveria estar na África, cuidando de orangotangos.”
A afirmação foi feita após o cliente se irritar com a demora da fila para a compra de ingressos para o cinema.
Marina, que trabalha na bilheteria, afirma que ele chegou atrasado para a sessão das 15h e queria passar na frente das outras pessoas.
Após os insultos, clientes e funcionários do estabelecimento comercial chamaram os seguranças, mas o homem conseguiu fugir.
De acordo com o delegado que investiga o caso, Ailton Rodrigues de Oliveira, da 5ª DP, o homem já foi identificado com auxílio das imagens das câmeras de segurança.
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Oliveira disse ainda que o suspeito é um professor universitário que já tem uma passagem por crime de racismo.
Ainda segundo o delegado, a ofensa a um pessoa levando em conta a etnia ou raça configura crime de injúria discriminatória, com pena que varia entre um e três anos de prisão.
Vídeo:
Agências