Redação Pragmatismo
Corrupção 02/Mai/2012 às 16:03 COMENTÁRIOS
Corrupção

Secretários de Marconi Perillo (PSDB) recebiam R$ 15 mil mensais de Cachoeira

Publicado em 02 Mai, 2012 às 16h03

Carlos Cachoeira pagava salário extra de até 15 mil reais a secretários do governo Marconi Perillo e houve ameaça de paralisação quando os pagamentos foram interrompidos. Dinheiro vinha da Construtora Delta.

marconi cachoeira psdb cpi

Quem é o verdadeiro governador de Goiás?

Oficialmente, o governador de Goiás se chama Marconi Perillo. Foi eleito em 2010, pelo PSDB, e ocupa seu terceiro mandato à frente do Palácio das Esmeraldas.

Os documentos da Polícia Federal, no entanto, revelam que havia um governo paralelo em Goiás. E ele era comandado por Carlos Cachoeira.

De acordo com as investigações, o bicheiro e sócio da Construtora Delta pagava um salário adicional a alguns colaboradores de Marconi Perillo. Entre eles, Edivaldo Cardoso, que se afastou da presidência do Detran/GO, e João Furtado de Mendonça Neto, que continua à frente da secretaria de Segurança Pública.

De acordo com a PF, o ganho extra de Edivaldo seria de R$ 15 mil mensais; o de Neto, de R$ 10 mil. A origem dos recursos seria a construtora Delta.

As informações fazem parte do anexo 4 do inquérito, estão na página 133 e são chocantes. Na conversa, de 15 de julho do ano passado, Edivaldo Cardoso relata a Carlos Cachoeira que os negócios da Delta estão travados porque teria havido atraso nos pagamentos.

De acordo com a interpretação da Polícia Federal, o secretário de Segurança Pública de Goiás pretendia receber seus atrasados dos meses de abril e maio do ano passado (leia aqui a transcrição completa). Caso contrário, deixaria de atender a Delta, que, no governo Perillo, saltou do zero para contratos de mais de R$ 450 milhões.

Leia mais

O governo de Goiás divulgou nota em que afirma que a conclusão do “governo paralelo” é uma injustiça, visto que as transcrições estão descontextualizadas. Leia abaixo a íntegra da nota:

A transcrição de gravações telefônicas descontextualizadas não pode ser utilizada para tamanha generalização, como nas acusações de que havia um “governo paralelo” instalado em Goiás. Tal conclusão é, no mínimo, injusta com o Governo de Goiás e desrespeitosa com o povo goiano. À medida em que o tempo passa e os dados do inquérito da Operação Monte Carlo vêm à tona – divulgação nem sempre a serviço da Justiça – fica mais evidente que a ação dos investigados era pontual e em nada comprometeu ou compromete o funcionamento das instituições. O inquérito da Polícia Federal deixa claro que não houve necessidade de abertura de investigação contra o governador Marconi Perillo, justamente por não haver nada que o ligue aos investigados. Ao contrário, o governador é que pediu para ser investigado, numa demonstração de que está absolutamente tranquilo em relação ao caso. Os ataques contra o governador, no entanto, prosseguem, boa parte deles sem origem identificada. É caso da divulgação, leviana, de trancrições de conversas em que o senhor Carlos Cachoeira afirmou que o governador Marconi Perillo era coproprietário de um avião. Os esclarecimentos do governador, que não é investigado, foram publicados ao pé das páginas. O governador Marconi Perillo tomou todas as medidas necessárias para coibir os efeitos sobre o Governo de Goiás: afastou pessoas citadas, determinou a auditagem de contratos e foi explícito ao afirmar que não vai tolerar a permanência de nenhum envolvido no seu governo, e quem tiver algo a dever, pagará.

Isanulfo Cordeiro

Gabinete de Imprensa da Governadoria

Brasil 247

Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook

Recomendações

COMENTÁRIOS