Os tucanos trabalham com dois cenários para atrair o novo aliado. O primeiro é dar a Secretaria de Justiça estadual para Luiz Flávio D’Urso, ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em São Paulo e pré-candidato do PTB a prefeito, em costura a ser feita pelo governador Geraldo Alckmin, do PSDB.
Após perder o apoio do PP, de Paulo Maluf, na disputa pela prefeitura paulistana, os tucanos querem compensar o prejuízo no horário eleitoral buscando uma coligação com o PTB, que tem a oferecer 49 segundos de propaganda na TV.
Sem o PP, a chapa tucana fica com um minuto a menos que a do pré-candidato do PT, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, que selou nesta segunda-feira (18) a aliança com o partido de Maluf.
O pré-candidato do PSDB em São Paulo, José Serra, e o senador Aloysio Nunes Ferreira conversaram com Campos Machado, presidente do PTB paulista, para tentar trazê-lo para a aliança.
Serra se encontrou com Machado no sábado, no casamento do filho do secretário de Planejamento do Estado de São Paulo, Julio Semeghini. Ontem, Aloysio também esteve com o líder do PTB, que voltou a conversar com Serra.
Os tucanos trabalham com dois cenários para atrair o novo aliado. O primeiro é dar a Secretaria de Justiça estadual para Luiz Flávio D’Urso, ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em São Paulo e pré-candidato do PTB a prefeito, em costura a ser feita pelo governador Geraldo Alckmin, do PSDB.
O outro cenário, menos provável, mas não descartado, é ceder ao PTB a indicação do vice-prefeito. Machado nega interesse na coligação, mesmo com a indicação do vice. Segundo ele, “não há hipótese de voltar atrás” em relação à candidatura própria da legenda, com D’Urso na cabeça da chapa.
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Serra ainda não bateu o martelo sobre o seu vice, que deve ser definido após a convenção do PSDB, marcada para domingo (24). Os tucanos querem guardar o cargo justamente para ter um curinga nas negociações com os aliados.
O mais cotado hoje é o ex-secretário municipal de Educação Alexandre Schneider, que representaria o PSD, do prefeito Gilberto Kassab. A indicação, no entanto, depende da articulação com os demais partidos e também será influenciada pela decisão da Justiça sobre o pleito do PSD, que foi criado no ano passado e ainda tenta ampliar seu tempo de TV na propaganda eleitoral.
Os tucanos negociavam o apoio com Maluf desde 2011, mas foram surpreendidos pelo PT, que, na semana passada, deu participação a um aliado dele no Ministério das Cidades.
No ano passado, Alckmin colocou o PP na CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). Em troca, recebeu apoio para tentar se reeleger em 2014. Agora, para apoiar Serra, o ex-prefeito havia pedido o controle da Secretaria de Habitação, à qual a CDHU é ligada. Alckmin deixou a negociação para depois da eleição.
“Fui humilhado”, teria dito Maluf a um integrante do governo paulista que conversou sábado com ele.
Agências