O Jornal Nacional, o mais importante da grade de programação da Rede Globo, é apenas um dos muitos exemplos. A desproporção no tratamento entre a mentira e a verdade neste, e em muitos outros casos, é mais uma prova da necessidade de um marco regulatório para mídia brasileira
Quase oito meses depois de destruir a reputação do ex-ministro do Esporte Orlando Silva, finalmente a mídia teve que divulgar a verdade: Orlando é inocente. Porém, a notícia tão ou mais relevante do que a mentira criada pela revista Veja ficou longe de receber capas de revistas e inúmeras matérias nos principais telejornais e programas de rádio. No Jornal Nacional, por exemplo, recebeu apenas 28 segundos.
Para quem não se lembra, só a primeira matéria do mesmo Jornal Nacional para o golpe da Veja, que levou à renúncia do ex-ministro, tinha quatro minutos e 23 segundos (clique aqui para vê-la).
O mais interessante é notar que, até agora, o telejornal dos Marinho quase nada disse sobre as ligações perigosas entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e a revista que sempre recebeu tanto prestígio por parte do jornalismo da Globo.
O Jornal Nacional, o mais importante da grade de programação da Rede Globo, é apenas um dos muitos exemplos. A desproporção no tratamento entre a mentira e a verdade neste, e em muitos outros casos, é mais uma prova da necessidade de um marco regulatório para mídia brasileira. Vamos continuar lutando nas redes e nas ruas para garantir que esta mudança se efetive no Brasil. Afinal, até quando a verdade será censurada por apenas sete famílias donas dos meios de comunicação?
Carla Santos, Portal Vermelho
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