Enquanto a padronização de imagens e posturas servir de parâmetro para a construção de uma juventude desprovida de miolos, caminharemos tão somente rumo ao retrocesso
No último domingo, as cantoras Pepê e Nenem deram uma entrevista para o SBT, no programa de Marília Gabriela. Enquanto o programa estava no ar, Jessica Suellen, universitária, utilizou o facebook para desferir o seguinte termo: “Pôe no SBT que a Gabi tá entrevistando duas atrizes de ‘Planeta dos Macacos’! #oops“.
Não é de hoje que as Redes Sociais têm servido de palanque para que pessoas vomitem preconceito e ódio. Um caso que ganhou destaque nacional foi o da jovem Mayara Petruso, posteriormente condenada por postura discriminatória e incitação à violência contra nordestinos.
Em outra oportunidade, no Twitter, uma modelo sul-africana perdeu prêmios e patrocínios por fazer comentários de cunho racista.
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As denúncias e punições, no entanto, não parecem fazer frear a necessidade desses jovens de exporem os seus preconceitos, como demonstra mais este caso. O que antes era dito dentro de um circulo pessoal, ou entre familiares, agora é colocado na rede sem qualquer constrangimento, como se não fugisse da normalidade.
É com preconceito e deboche que parte desta juventude se dispõe a encarar as diferenças? O ser humano é justamente belo por ser multifacetado e não robotizado. Enquanto a padronização de imagens e posturas servir de parâmetro para a construção de uma juventude desprovida de miolos, caminharemos tão somente rumo ao retrocesso.
Espera-se que a estudante Jessica Suellen responda pelos seus atos e seja responsabilizada como determina a lei.
Pragmatismo Politico, com informações de Geledes