As declarações de FHC nos Estados Unidos agradaram os 'paladinos da democracia estadunidense' e os golpistas do Paraguai
No covil do império, bem ao seu gosto, o ex-presidente FHC atacou ontem o ingresso da Venezuela no Mercosul, argumentou que não houve golpe no Paraguai e criticou a exclusão dos golpistas do bloco de integração sul-americana. Fernando Henrique Cardoso foi a Washington receber o Prêmio Kluge de US$ 1 milhão da Biblioteca do Congresso dos EUA em “reconhecimento à sua obra acadêmica”.
Em entrevista coletiva, FHC afirmou que “não houve arranhão à Constituição paraguaia” no impeachment sumário de Fernando Lugo e que a deposição seguiu as normas democráticas. “Você pode discutir se houve ampla liberdade de defesa. Quem discute isso? As cortes paraguaias. O limite entre você manter a regra do jogo e a ingerência é delicado”.
O ex-presidente tucano ainda afirmou que a política da Dilma de proteger a indústria nacional é um “protecionismo” absurdo, esquecendo que em seu governo a indústria foi praticamente destruída pelo câmbio falso.
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OEA e os serviçais do império
Para o partidário do “alinhamento automático” do Brasil aos EUA, a decisão do Mercosul de suspender o Paraguai foi um erro. “É sempre ruim tirar um presidente rapidamente. Mas daí a fazer uma sanção sobre o Paraguai vai uma distância grande… Mais delicada ainda é a aceitação da Venezuela, independentemente de valer a pena ou não, sem que o Paraguai esteja”.
As declarações de FHC devem ter agradado os falcões do império e os golpistas do Paraguai. Elas foram dadas no mesmo dia em que a Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou relatório concluindo que a deposição de Lugo se deu “estritamente conforme o procedimento constitucional”. Como se observa, os serviçais do império não morrem de amores pela democracia!
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