A rede social Fé em Jesus (carinhosamente apelidada de JesusBook), só para evangélicos, vai arrecadar dízimo para as igrejas, além de vender bíblias e CDs.
Apelidada de Jesusbook, a rede será lançada amanhã, 14/07, dia em São Paulo da Marcha para Jesus, no endereço www.feemjesus.com.br.
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O seu proprietário é o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele informou ter a expectativa de que a rede obtenha pelo menos 3 milhões de adesões. “Seremos a maior audiência evangélica do país”.
O gasto anual de manutenção da rede está orçado em R$ 2 milhões. Inicialmente, o Jesusbook conta com dois patrocinadores (ainda não revelados), mas Cunha afirmou que o grosso da receita tende a vir da venda de publicidade.
A rede diz ser “uma iniciativa de um grupo de cristãos que acredita na transformação do Brasil”. Cunha informou ter convidado lideranças evangélicas de várias denominações para integrar um conselho editorial.
A seção de notícias da rede já está no ar e alguns de seus destaques são “Kit gay disfarçado entra nas escolas com o apoio do governo”, “OAB garante em parecer o direito de psicóloga de expressar sua fé em Cristo” e “Novo Código Penal traz mudanças polêmicas, como ampliação do aborto legal”.
O deputado Eduardo Cunha responde a dois inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal). O 2984/2010 apura uso de documentação falsa e o 3056 se refere a crimes contra a ordem tributária.
No Tribunal Regional da Primeira Região ele é réu no processo 0031294-51.2004.4.01.3400. Trata-se de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual.
No Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ele é alvo do processo 0026321-60.2006.8.19.0001, que trata de improbidade administrativa.
No Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro ele responde ao processo 59664.2011.619.0000, que se refere à captação ilícita de sufrágio. No mesmo tribunal ele é réu no processo 9488.2010.619.0153 sob a acusação de abuso de poder econômico em campanha eleitoral.
No Tribunal Superior Eleitoral, ele também responde por captação ilícita de sufrágio, no processo 707/2007.
Cunha é fiel da Igreja Sara Nossa Terra e autor do polêmico projeto de lei 7382/2010, elaborado com o propósito de proteger os heterossexuais contra discriminação.