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Mulheres, idosos e crianças são brutalmente agredidos pela PM de Roseana Sarney

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Nesta quarta-feira (25), policiais agrediram com balas de borracha, gás lacrimogêneo e spray de pimenta moradores da comunidade Vinhais Velho. Mulheres, idosos e crianças, estavam presentes em meio ao protesto pacífico que já acontece há 17 dias

Eu nunca tinha passado por um situação dessa. Aqui não tem bandidos, não tem ninguém armado, só pessoas que estão lutando pelas suas casas, pelo seu sossego”, informou D. Elza Tavares, 59 anos.

Cerca de 100 policiais militares fortemente armados, incluindo membros do Batalhão de Choque, sob o comando do Cel. Jefferson Telles, avançaram com violência sobre populares da comunidade. Os militares protagonizaram cenas de terror contra os moradores que se encontram acampados próximo à Igreja da Comunidade. A ação resultou em pessoas feridas por balas de borracha, incluindo pessoas idosas, além dos efeitos nocivos do gás e do spray de pimenta lançados contra os populares .

O Deputado Federal e Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Domingos Dutra, teve o carro apreendido e guinchado na ação, sem ser informado do destino que foi dado ao veículo, além de ter sido imobilizado fisicamente pelo efetivo. “Uma senhora de 69 anos foi derrubada pelos policiais. Eles não quiseram nem saber se tinha mulher, criança, idoso. Partiram pra cima marchando em bloco, armados e lançando as bombas e o spray”.

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Eu nunca tinha passado por um situação dessa. Aqui não tem bandidos, não tem ninguém armado, só pessoas que estão lutando pelas suas casas, pelo seu sossego”, informou D. Elza Tavares, de 59 anos, moradora antiga da comunidade de Vinhais Velho que acrescenta que “naquela comunidade ela criou seus filhos e está criando seus netos, e que lá nunca houve cenas de violência como essa”.

Ela, que foi informada da investida dos policiais no momento em que estava num consultório médico, protestava juntamente com outras mulheres da comunidade de forma corajosa de frente com os autores da ação.

Antonia Mota, professora do Departamento de História da UFMA. Foto: Divulgação

Outra vítima foi a professora do Departamento de História da UFMA, Antonia Mota, que teve o quadril atingido por uma bala de borracha e exibia para a imprensa e outras lideranças presentes, as marcas da violência. Os populares recolheram pedaços das balas de borrachas e bombas utilizadas contra os moradores. Após a chegada da imprensa, o efetivo se recolheu e ficou observando a movimentação dos moradores à distância.

Os moradores ainda tentavam acalmar os ânimos, quando um dos carros-pipas utilizados na obra da Via Expressa passou e parou bem no meio da rua onde acontecia o protesto, como a provocar os moradores pela ousadia de bloquear a rua para impedir a passagem dos veículos pesados para a construção da Via.

Ricarte Almeida, via Facebook

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