"Tem que f... o barbudo", disse araponga de Cachoeira em referência a Lula
Revelação está em vídeo periciado pela PF. Nas imagens, assessor de Cachoeira diz ao araponga Dadá que petistas morderam isca preparada pelo PSDB. Caso levou eleição presidencial de 2006 ao 2º turno. “Tem que f… o barbudo”, comemorou Dadá, referindo-se à Lula
Há duas semanas, o juiz federal Paulo Cézar Alves Sodré, da 7ª Vara Criminal de Mato Grosso, abriu uma ação penal contra petistas envolvidos num escândalo que ficou conhecido como o “Dossiê dos Aloprados”. Às vésperas da eleição presidencial de 2006, eles foram presos num hotel em São Paulo com R$ 1,7 milhão em espécie. O dinheiro serviria para plantar denúncias contra José Serra, que, naquele ano, disputou o governo de São Paulo contra Aloizio Mercadante.
Entre os envolvidos, havia figuras próximas ao ex-presidente Lula, como seu amigo Jorge Lorenzetti, conhecido como o “churrasqueiro” do Palácio do Planalto. À época, foi Lula quem definiu os personagens do escândalo como “aloprados”. Apesar do seu repúdio à montagem do dossiê, a imagem do dinheiro apreendido, no Jornal Nacional, ajudou a levar a eleição presidencial, contra Geraldo Alckmin, ao segundo turno.
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O caso, no entanto, pode ter agora uma reviravolta. Um vídeo apreendido pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo sinaliza que o bicheiro Carlos Cachoeira pode estar por trás da armação. Nas imagens, o jornalista Mino Pedrosa, que foi assessor de Cachoeira, conversa com o araponga Dadá, membro da quadrilha, sobre o caso. E diz que o PSDB preparou uma armadilha, na qual o PT o caiu. Dadá, então, comemora. “Tem que f… o barbudo”, referindo-se a Lula.
Leia, abaixo, texto de Marcelo Auler, no Jornal do Brasil:
Em um dos vídeos apreendidos na casa de Adriano Aprígio, ex-cunhado do bicheiro Carlinhos Cachoeira, o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, comemora o envolvimento de petistas no chamado Escândalo dos Aloprados.
Em setembro de 2006, às vésperas do início da propaganda eleitoral na televisão, petistas foram presos em um hotel em São Paulo com R$ 1,7 milhão. Com o dinheiro pretendiam comprar um dossiê que supostamente envolvia o tucano José Serra – então candidato à presidência da República – com o desvio de verbas do orçamento destinadas à compra de ambulâncias. O escândalo prejudicou Lula, que concorria à reeleição e esperava ganhar no primeiro turno, o que não aconteceu.
O vídeo apreendido, já periciado pela Polícia Federal, mostra uma conversa entre o jornalista Mino Pedrosa e Dadá, o araponga que atendia à quadrilha do bicheiro. Pedrosa relata que o PSDB armou a história do dossiê e o “PT caiu nela”.
O araponga vibra e comemora: “Tem que f….. o Lula! Tem que f….. o barbudo!
Brasil 247