Cada convite para o jantar, organizado pelas madames do “Cansei”, custou R$ 1 mil a unidade. Lotes do ingresso para o rango foram vendidos antecipadamente a empresas que prestam serviços à prefeitura
O senador mineiro Aécio Neves (PSDB) escolheu Curitiba para iniciar sua caminhada rumo ao Palácio do Planalto. O tucano participou essa semana de jantar promovido pela seção regional do movimento “Cansei”. Aécio foi o convidado ilustre. O jantar também serviu de apoio à reeleição de Luciano Ducci (PSB).
O evento ocorreu no Clube Curitibano, um local frequentado pelos grã-finos da elite curitibana, a quebrada e a rica, ao lado do governador Beto Richa (PSDB).
Segundo pesquisa CNT/Sensus, realizada entre 18 e 22 de julho, se as eleições presidenciais fossem hoje, Dilma Rousseff (PT) seria reeleita no primeiro turno com 59% das intenções de voto e Aécio Neves ficaria com apenas 14,8%.
Cada convite para o jantar, organizado pelas madames do “Cansei”, custou R$ 1 mil a unidade. Lotes do ingresso para o rango foram vendidos antecipadamente a empresas que prestam serviços à prefeitura. Quem comprou o “vale-refeição” a peso de ouro não precisou, necessariamente, comparecer ao comício pantagruélico dos tucanos.
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A título de comparação, o preço do convite para uma única refeição no jantar do “Cansei” daria para um cidadão comer durante 3 anos em uma das três unidades do Programa Restaurante Popular, mantidos pela prefeitura, ao custo de um real o prato. Ou ainda, com esse único convite, daria para uma família de três pessoas alimentar-se durante um ano inteiro.
O movimento “Cansei” surgiu em São Paulo, em 2007, com o propósito de derrubar o governo Lula. Suas intenções bateram na trave, pois o ex-presidente fora reeleito em 2006.
Também participaram do jantar do Cansei o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), e o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP).
Esmael Morais, em seu sítio
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