Papas praticavam pedofilia desde o Renascimento, revela livro
Livro do sociólogo Claudio Rendina vasculha bastidores da Igreja Católica. Italiano já escreveu outros livros na mesma linha, como 'A Vida Secreta dos Papas'
Soberba, avareza, luxúria e pedofilia, os itens enumerados na capa de Os Pecados do Vaticano [Gryphus, 353 págs., R$ 49,90], são apenas uma amostra dos escândalos que Claudio Rendina, escritor, poeta e historiador descreve em 352 páginas, com lupa de pesquisador e experiência de vaticanista. Lançada em 2009, a obra vendeu 30 mil exemplares em um mês. Não só pelo apelo do título e pelo conteúdo do índice — sete capítulos e apêndice —, mas também pela ficha bibliográfica do autor.
Rendina escreveu, anteriormente, outros livros na mesma linha, entre eles Cardeais e Cortesãs, História dos Segredos do Vaticano e A Vida Secreta dos Papas, sempre com muito sucesso. É um autor que incomoda o Vaticano, mas não deixa de ser respeitado.
Com base em documentos e citações fidedignas, Rendina descreve tramoias financeiras, aventuras sexuais, crimes de homicídio e massacres institucionais praticados por autoridades da Igreja.
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Os escândalos vêm desde os primeiros séculos, multiplicam-se na Idade Média e avançam até os tempos modernos. No caso da pedofilia, por exemplo, que incrimina cardeais e papas da época do Renascimento, as denúncias chegam até os dias de hoje.
Ao tratar de assassinatos de pontífices no passado, o autor registra a suspeita de que João Paulo I teria sido envenenado em 1978 numa suposta queima de arquivo. O título do novo livro de Rendina soa um tanto panfletário – o conteúdo, porém, é sério.
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José Maria Mayrinka, Estadão