Redação Pragmatismo
Geral 06/Ago/2012 às 20:36 COMENTÁRIOS
Geral

Primeira execução em cadeira elétrica ocorreu há 122 anos

Publicado em 06 Ago, 2012 às 20h36

Em 6 de agosto, William Kemmler tornou-se a primeira pessoa a ser enviada à cadeira elétrica. Depois de ser firmemente atado a ela, uma descarga de aproximadamente 700 volts foi liberada por apenas 17 segundos antes de ocorrer uma falha na corrente elétrica

cadeira elétrica

Primeira execução em cadeira elétrica nos EUA ocorreu em 1892

No dia 6 de agosto de 1890, na prisão de Auburn, em Nova York, ocorre a primeira execução por em uma cadeira elétrica nos Estados Unidos. A vítima foi William Kemmler, julgado culpado pelo assassinato de sua amante, Matilda Ziegler, com uma picareta.

A eletrocussão foi sugerida como um meio mais humanitário de execução pela primeira vez em 1881, pelo dentista Albert Southwick. Ele presenciou um idoso alcoolizado morrer sem, aparentemente, demonstrar dor após tocar os terminais de um gerador elétrico em Buffalo, estado de Nova York. Antes disso, vigorava a morte por enforcamento, segundo a qual o condenado era considerado executado com a quebra da coluna cervical ainda que viesse a sucumbir apenas após 30 minutos de asfixia.

Em 1889, entra em vigor a Lei de Execução Elétrica de Nova York, a primeira de sua espécie em todo o mundo. Edwin R. Davis, o eletricista da prisão de Auburn, ficou encarregado de projetar uma cadeira elétrica. Com um desenho bastante aproximado a um mecanismo moderno, a cadeira de Davis estava equipada com dois eletrodos, compostos de discos metálicos acoplados com borracha e cobertos por uma esponja umedecida. Os eletrodos eram ligados à cabeça e às costas do condenado.

Leia mais

Em 6 de agosto, William Kemmler tornou-se a primeira pessoa a ser enviada à cadeira elétrica. Depois de ser firmemente atado a ela, uma descarga de aproximadamente 700 volts foi liberada por apenas 17 segundos antes de ocorrer uma falha na corrente elétrica.

Embora testemunhas oculares reportassem cheiro de roupa queimada e carne carbonizada, Kemmler estava longe de morrer e uma segunda descarga foi preparada. A segunda descarga foi ainda mais forte e longa: 1.030 volts aplicados durante dois minutos.

Após essa tentativa, foi observada uma densa fumaça saindo da cabeça de Kemmler e sua morte foi claramente percebida. A autópsia mostrou que o eletrodo colocado às suas costas tinha queimado a sua medula espinhal.

O doutor Southwick aplaudiu a execução de Kemmler e declarou que “estaremos vivendo doravante uma civilização mais elevada”. Contudo, George Westinghouse, um inovador na utilização da eletricidade, ironizou as declarações: “Eles teriam feito melhor se o matassem com uma picareta”.

Max Altman, Opera Mundi

Acompanhe Pragmatismo Político no Instagram, Twitter e no Facebook

Recomendações

COMENTÁRIOS