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Vinho faz bem à saúde? Relatório questiona benefícios da bebida

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Benefícios do vinho à saúde são questionados na França. Segundo pesquisa, cerca de um milhão de franceses podem ser afetados por excesso de sulfito nos produtos

Benefícios do vinho à saúde são questionados na França. Foto: reprodução

Bebida-símbolo da França e também uma das principais referências culturais do país, o vinho torna-se cada vez mais um item na mira de autoridades sanitárias e degrupos defensores de uma vida “mais saudável”. Não bastasse o fato de ser uma bebida alcoólica, ele também passou a ser criticado pela alta dosagem de sulfito em seus recipientes.

De acordo com o blog “No Wine is Innocent” (ou “Nenhum Vinho é Inocente”, em português), cerca de um milhão de franceses têm excesso de sulfito no corpo, e pelo menos 70% em razão da ingestão excessiva desse produto. Os dados da reportagem são baseados em um estudo realizado pela Anses (Agência Nacional de Segurança Sanitária do país) em 2011 sobre a alimentação geral dos franceses.

Segundo o relatório (leia a íntegra aqui), mais de 3% dos adultos franceses “ultrapassam a ingestão diária aceitável” da substância, que seria de 0,7 miligramas por quilo, (ou o equivalente a 50 miligramas para uma pessoa de, em média, 70 quilos). Para algumas marcas que possuem uma dose muito concentrada da substância, bastam duas ou três taças para que essa meta seja ultrapassada.

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Os sulfitos (sais do ácido sulfuroso, proveniente da mistura da água com dióxido de enxofre) são elementos constantemente utilizados na indústria de alimentos como antioxidantes.

As conseqüências do excesso da substância no corpo são diversas: urticárias, irritações na pele, diarreia, coriza, dores de cabeça e alergias, além de, em algum consumidor mais sensível a essas substâncias, uma sensação mais forte de ressaca, mesmo que a pessoa em questão não tenha bebido o suficiente para ficar alcoolizado. Para pessoas asmáticas, essas sensações são agravadas ainda mais.

A conclusão do relatório da agência recomenda “uma diminuição na dose de sulfitos” e “redução no consumo excessivo de álcool”.

Embora muitos produtores defendam a volta do vinho à sua produção natural (como também faz o próprio blog), a quase totalidade das marcas presentes no mercado contém dióxido de enxofre, substância usada como antioxidante.

Segundo dados estatísticos da France Agrimer (agência representante da indústria de produtos agrícolas e marítimos) de 2009, dos 55 milhões de franceses, cerca de 40 milhões o consomem pelo menos uma vez ao ano. A média de consumo anual para cada habitante acima dos 14 anos é de 58,2 litros.

Opera Mundi

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