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Absurdo: Prefeitura proíbe distribuição de livros gratuitos em São Paulo

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"Os próximos gestores têm de oferecer uma política eficiente de incentivo à leitura, para que as bibliotecas não sejam depósitos de livros como são hoje", diz responsável pela distribuição dos livros

Prefeitura impediu distribuição de livros que seria realizada pela ONG Educa São Paulo. Foto: divulgação

A organização não-governamental Educa São Paulo havia programado para a manhã de segunda-feira (10), a distribuição de cerca de 8.000 livros, entre obras de literatura brasileira, livros infantis e gibis, no Viaduto do Chá, região central.

A intenção era, além de incentivar a leitura, protestar contra o abandono das bibliotecas da cidade, que, segundo o presidente da ONG, Devanir Amâncio, “têm livros, mas não têm leitores.”

Uma perua Kombi estacionou no Viaduto do Chá por volta das 23h de domingo (9) para organizar e separar os títulos por autor e gênero, mas foram impedidos.

Quatro guardas-civis metropolitanos disseram para os integrantes da ONG que eles deveriam ter autorização da prefeitura para realizar a distribuição. “Eles disseram que estavam em alerta, esperando pela ação, e que a ordem era impedir”, disse Amâncio.

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A iniciativa, intitulada Bienal Relâmpago, agora será transformada em Bienal Móvel. Segundo Amâncio, duas Kombis – equipadas com aparelhos de som e faixas – percorrerão locais movimentados da região central da cidade oferecendo livros às pessoas.

“Devemos começar ainda pela região do Viaduto do Chá, porque ali é área de Zona Azul e, se pagarmos, podemos estacionar por um tempo para distribuir os livros.”

Cerca de 8 mil livros seriam distribuídos nas ruas da cidade de São Paulo. Foto: ONG Educa SP

Ainda sem itinerário ou data marcada para a ação, Amâncio disse que é provável que a distribuição seja realizada neste sábado. Segundo ele, os livros foram doados por moradores da cidade. “Os próximos gestores têm de oferecer uma política eficiente de incentivo à leitura, para que as bibliotecas não sejam depósitos de livros como são hoje.” As informações são do jornal “O Estado de S.Paulo”.

Agência Estado

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