Sociólogo José de Souza explica que o bloqueio estadunidense teve a intenção não declarada de impedir que Cuba fosse exitosa, mas o país caribenho seguiu seu caminho, sem o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional
“O bloqueio dos Estados Unidos fracassou porque Cuba se mantém firme e agora faz uma segunda revolução, com as novas linhas econômicas que estão sendo implementadas no país”, afirmou o sociólogo brasileiro José de Souza, em Quito, Peru.
“Ainda que as medidas coercitivas tenham deteriorado a dimensão material da existência na ilha, não foi concretizado seu objetivo explícito de derrubar o governo cubano em mais de meio século”, argumentou o especialista, em entrevista à Prensa Latina.
Em sua opinião, o bloqueio estadunidense teve a intenção não declarada de impedir que Cuba fosse exitosa, mas o país caribenho seguiu seu caminho, sem o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.
Questionado sobre os motivos do cerco estadunidense, o intelectual observou que, na tese deles o que está tão mal morrerá por sua própria conta, e respondeu que é porque “eles supunham, na verdade, que o novo projeto social poderia ser exitoso e consequentemente um mau exemplo para a região e o mundo”.
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Por isso, comentou, Washington incentivou as guerras internas na região e fez com que os latino-americanos se matassem entre eles, como uma forma de tentar amputar o espírito dessas sociedades.
Reformas econômicas
A respeito das transformações econômicas que estão sendo realizadas em Cuba, declarou que cada um dos preceitos estão planejados para o êxito e contêm em si mesmo micro revoluções em coerência com o mundo contemporâneo.
Disse que todo o marco jurídico na ilha está sendo construído, com o propósito de “não de crescer e acumular, mas de incrementar a eficiência, a competitividade e a produtividade, mas com uma direção já estabelecida para o benefício comum”.
Ele citou ainda as palavras do presidente cubano, Raúl Castro, que disse que agora um dos obstáculos que se coloca à ilha é mudança de mentalidade para assumir os novos desafios.
Souza ressaltou que os projetos cubanos apontam a preservação das conquistas, com um sistema econômico ordenado para servir à sociedade e não ao mercado.
Prensa Latina e Vermelho