Com assinaturas coletadas pelo cineasta Luís Carlos Barreto, texto a ser encaminhado ao STF pede que não seja feito prejulgamento e tem assinaturas de personalidades como Oscar Niemeyer, Alceu Valença, Bresser Pereira, Emir Sader e Eric Nepomuceno
O cineasta Luiz Carlos Barreto, amigo do ex-ministro José Dirceu, organizou um movimento para recolher assinaturas entre artistas em um texto-manifesto a ser enviado para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento pede que não haja prejulgamento dos réus do “mensalão” – termo classificado como pejorativo – e que seja resguardado o processo legal.
“Não queremos que haja prejulgamento, pois já tem gente por aí dizendo quantos anos cada réu vai pegar de prisão. Não pode ser assim. Depois a gente reclama quando chega a ditadura”, afirmou Barreto.
Segundo o cineasta, 200 pessoas já aderiram ao movimento. Na lista estão nomes como Oscar Niemeyer, Alceu Valença, Bresser Pereira, Bruno Barreto, Jorge Mautner, Flora Gil, Emir Sader e Eric Nepomuceno. “Assinei porque acredito que há uma campanha contra José Dirceu. Um exagero”, disse Niemeyer.
Outro que assinou o documento foi o músico Jorge Mautner, com a convicção de que o procedimento do STF será isento de qualquer influência externa.
“Concordo que haja o julgamento e assinei o texto-manifesto porque vivemos numa democracia e, como se trata de um julgamento político, não pode haver manipulação.”
Agências