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Jimmy Carter surpreende: ‘Venezuela tem melhor processo eleitoral do mundo’

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“Processo eleitoral na Venezuela é o melhor do mundo”, diz Jimmy Carter. Ex-presidente dos EUA coordena centro de monitoramento de eleições ao redor do mundo há mais de uma década

Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA, explica os motivos que o levam a crer na excelência do sistema eleitoral venezuelano. Foto: divulgação

O processo eleitoral na Venezuela é considerado o melhor do mundo pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, que coordena uma instituição de monitoramento de eleições ao redor do mundo há mais de uma década. Em conferência anual do Carter Center, o norte-americano também garantiu que Hugo Chávez venceu de forma “justa” o último pleito presidencial, em 2006.

Carter elogiou o sistema de votação venezuelano por incluir duas formas de contagem, o que dificulta qualquer tipo de tentativa de fraude. No país, os eleitores escolhem o seu candidato em uma urna eletrônica e ainda recebem um comprovante, que é depositado em uma caixa vedada, aberta para confirmar os resultados eleitorais. Além disso, um dos dedos é manchado com tinta indelével.

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O democrata disse que enquanto os sistemas de financiamento de campanha nos países latino-americanos melhorou significativamente, nos EUA se consolidou uma “corrupção financeira” alimentada por “resoluções que facilitaram o fluxo de dinheiro privado para as contas dos candidatos”.

Suas declarações vieram no mesmo dia em que jornalistas se reuniram no Carter Center para um workshop sobre a cobertura midiática das eleições venezuelanas. A instituição quer preparar os profissionais para escreverem retratos profissionais e não partidários do próximo pleito no país, que ocorre no dia 7 de outubro deste ano.

“O espaço que o treinamento do Centro fornece para reunir jornalistas de mídia divergentes é uma contribuição importante para diminuir a polarização e fortalecer a democracia venezuelana”, afirmou Andres D’Alessandro que coordenou atividades em junhos deste ano.

“As oficinas me ensinaram que tenho de fazer jornalismo – não jornalismo de oposição ou jornalismo oficial”, disse David Ludovic da ONG Instituto Prensa y Sociedad, que monitora o direito à liberdade de expressão na Venezuela. “Eu devo trazer apenas dados e explicações para o meu público”, acrescentou.

Por mais de uma década, o Carter Center conduziu observações eleitorais e treinamento para jornalistas na Venezuela. A organização norte-americana vai realizar estudo autônomo e independente sobre as eleições presidências deste ano no país, incluindo percepções da população sobre o processo eleitoral.

Marina Mattar, Opera Mundi