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Dilma desmoraliza Aécio: “Não saí de BH para ir à praia, mas para lutar”

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A presidente Dilma Rousseff (PT) respondeu nesta quarta-feira em Belo Horizonte às críticas feitas no início da semana pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) de que a líder petista seria uma “estrangeira” na política de Minas Gerais

Dilma responde Aécio e diz que saiu de Belo Horizonte para lutar contra ditadura e não para ir à praia. Foto: Carlos Alberto / Hoje em dia

Em comício agora à noite em Belo Horizonte, a presidenta Dilma Rousseff detonou Aécio Neves, chefão da campanha de Marcio Lacerda à prefeitura. O cambaleante presidenciável tucano havia dito que Dilma era uma “estrangeira” na capital mineira.

A resposta foi demolidora. “Nasci aqui no hospital São Lucas. Sai daqui para lutar contra a ditadura e não para ir à praia. Aqui na minha veia corre o sangue de Minas Gerais, por isso sou presidente de todos os brasileiros”. Numa clara (in)direta ao senador do PSDB, que costuma mais visto nas praias ou na noite do Rio de Janeiro que em Minas Gerais ou Brasília.

Dilma foi à capital mineira para participar do ato em apoio a Patrus Ananias, que cresce nas pesquisas e ameaça levar a disputa eleitoral para o segundo turno. Na última sondagem do Ibope, a diferença entre ele e o atual prefeito caiu para nove pontos percentuais.

Incomodado, Aécio Neves criticou, na maior caradura, a “interferência” da presidenta nas eleições – como se ele não estivesse viajando por todo o país para socorrer os candidatos da oposição demotucana. A presidenta não se intimidou diante das críticas do ex-governador.

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Aécio disse na segunda-feira (1º) que a população da cidade conhece melhor do que “qualquer estrangeiro” em quem deve votar. O tucano é o principal fiador da candidatura à reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB), que o considera sua “cria política”.

“Ninguém pode achar que é dono de Belo Horizonte. Dono de Minas. Vamos acordar e vai ter só um mineiro na cidade. É estarrecedor. Vou repetir uma frase que o presidente Lula gostava de falar: nunca antes na história do nosso Estado, a política foi tão pequena. Ninguém tira Minas do meu coração”, disse a presidente.

“Acho muito estranho, muito suspeito, alguém me acusar de ser estrangeira. Na minha veia corre o sangue de Minas Gerais”, afirmou Dilma em seu discurso. Ela explicou que começou a sua militância política, em 1968, em Belo Horizonte. “Aqui aprendi que mineiro tem a capacidade de lutar pelo país”, afirmou para cerca de 3.000 participantes do comício.

Agências