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Alunos com guarda-chuvas em escola sem teto: denúncia rende homenagem

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Após ser afastada injustamente do cargo, professora que denunciou precariedade de escola, em que alunos frequentavam a sala de aula portando guarda-chuvas, será homenageada

A Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, nesta terça-feira 6, um ato de homenagem à professora Uiliene Araújo Santa Rosa. Uiliene ficou famosa após denunciar, com fotos espalhadas pelas redes sociais, as péssimas condições da Escola Municipal de Imperatriz Guilherme Dourado, onde trabalhava. As imagens dos alunos com guarda-chuvas e tomando chuva dentro de uma sala de aula com buracos no teto ganharam repercussão pelo País e por pouco não custaram o cargo da professora. Ela chegou a ser demitida mas, diante da má repercussão da medida, a Secretaria da Educação do município voltou atrás.

Após chuva, sala de aula do Colégio Municipalizado Guilherme Dourado ficou alagada e alunos tiveram que se proteger com guarda-chuvas (Foto: Uiliene Araújo/Arquivo pessoal)

As primeiras fotos a circular na rede social, pelo próprio perfil da professora, foram publicadas em 12 de outubro. Ao fundo das imagens, notava-se parte do piso da sala alagada. “Abandonar alunos e profissionais em uma situação precária como esta é vexatória. Os telhados praticamente inexistiam e as crianças ficavam expostas ao sol e à chuva”, reclama o deputado Bira, autor do requerimento de homenagem à professora.

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Segundo o relato da professora na rede social, após a denúncia, “varreram até em cima da escola e colocaram ‘telhas de vidro’ no local dos buracos e ainda ameaçaram os alunos que compartilharam com expulsão da escola”. No entanto, Uiliene foi afastada de seu cargo pela diretora do colégio, Ivone Carvalho Milhomem, e ficou à disposição da Secretaria da Educação do município, que então teria feito a recisão de contrato.

Alunos respondiam à prova munidos de guarda-chuvas numa sala de aula repleta de buracos no teto. (Foto: Reprodução)

Contudo, rapidamente a prefeitura voltou atrás e suspendeu a demissão da professora. De acordo com a assessoria da prefeitura de Imperatriz, a decisão partiu do próprio prefeito reeleito da cidade, Sebastião Madeira (PSDB), após a repercussão do caso.

CartaCapital