Indústria de armamentos agradece Israel por crimes contra humanidade
Extrema direita israelense usa como chantagem emocional o Holocausto da II Guerra Mundial para desrespeitar os direitos humanos com as constantes incursões contra os palestinos
Mário Augusto Jakobskind
É lamentável o que está ocorrendo na Faixa de Gaza. Alguns analistas atribuem à fúria Israelense a dupla troglodita política Benjamin Netanyahu e o chanceler Avigdor Lieberman, que em função das próximas eleições querem consolidar a imagem de falcões intransigentes. E a indústria da morte, ou seja, de armamentos agradece penhoradamente pelo fato de estar mais uma vez obtendo lucros com os acontecimentos
Os dois mencionados fazem escola em Israel. Para se ter uma ideia, os novos bombardeios que destruíram a sede do Hamas ocorreram algumas horas após o ministro do Interior de Israel de Netanyahu, Eli Yishai, dizer, que “o objetivo da operação é enviar Gaza de volta à Idade Média”.
Esta gente criminosa deve ser responsabilizada pelas mortes de civis em bombardeios que não alcançam o objetivo proposto, ou seja, destruir a infraestrutura do Hamas. Em 2008 foram 1.400 palestinos mortos pela fúria extremista israelense. Até agora os recentes bombardeios em Gaza, em resposta desproporcional aos foguetes de autodefesa palestina lançados contra Israel, mataram mais de 100.
O governo dos Estados Unidos, cujo presidente deu o sinal verde para a atual operação militar também tem responsabilidade nos acontecimentos.
Netanyahu deveria ser julgado por um Tribunal Penal Internacional pela violação da legislação internacional. É figura perniciosa para a humanidade e gerador de sentimento antijudaico pelo mundo afora. Ele se enquadra na condição de discípulo de Adolf Hitler.
Aliás, é importante conhecer a opinião de Norman Finkelstein, professor e cientista político estadunidense, que perdeu os pais em campos concentração nazistas na II Guerra Mundial. Além de se solidarizar amplamente com os palestinos, Finkelstein enfatizou, em palestra numa universidade norte-americana, que como filho de vítimas do nazismo não pode silenciar diante das atrocidades de Israel para com os palestinos.
É importante mencioná-lo neste momento em que a extrema direita israelense usa como chantagem emocional o Holocausto da II Guerra Mundial para desrespeitar os direitos humanos com as constantes incursões contra os palestinos.
Como jornalista e cidadão brasileiro que também perdeu familiares em campos de concentração nazistas durante a II Guerra Mundial na Polônia, subscrevo a reflexão de Norman Finkelstein.
Muito correto o posicionamento da Presidenta Dilma Rousseff ao cobrar uma ação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas na questão de Gaza. Na verdade, sempre que o Conselho precisa se posicionar em relação ao Oriente Médio há omissão. E quando se trata de uma condenação de Israel, os Estados Unidos exercem o seu poder de veto, impedindo que sejam adotadas medidas concretas para impedir o prosseguimento de violações dos direitos humanos.
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