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Jornal O Globo quer o retorno da ditadura militar?

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Duas capas de O Globo são emblemáticas. Na de ontem, um alerta para que o Parlamento se enquadre diante da ordem do STF. Na de hoje, a denúncia de uma rebelião do Congresso, como se o Legislativo não fosse um poder independente, em defesa de suas próprias prerrogativas. Editorial acusa Marco Maia de agir como militante partidário. Detalhe: todos os partidos (inclusive DEM e PSDB), menos o PPS, dão apoio ao presidente da Câmara

João Roberto Marinho, proprietário de O Globo. (Foto: reprodução)

A julgar pelas duas últimas capas do jornal O Globo, da família Marinho, o periódico é um dos entusiastas da chamada “supremocracia”, regime político que se tenta implantar no Brasil e que coloca o Supremo Tribunal Federal acima de todos os demais poderes.

Ontem, a chamada em negrito destacava “Supremo cassa deputados e adverte direção da Câmara”.

Abaixo, o subtítulo, que era quase um toque de recolher, e dizia: “Ministro Celso de Mello faz duro alerta contra reações corporativas e diz que insubordinação é inaceitável”. Algo que poderia ser lido apenas como “enquadrem-se”.

Hoje, a manchete também traduz uma tomada de posição. “Congresso se rebela e manobra contra STF”. Ou seja: o parlamento não é mais um poder independente, que se vale de suas próprias prerrogativas, mas um agente rebelado da República.

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Se isso não bastasse, o jornal também publicou editorial afirmando que Marco Maia age como militante partidário, esquecendo-se de seu papel institucional que, na visão do Globo, seria simplesmente se curvar à “supremocracia”. Detalhe: todos os partidos, menos o PPS, dão apoio ao presidente da Câmara dos Deputados na defesa das prerrogativas da Casa Legislativa.

Brasil 247

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