Famíla alemã vive há três anos praticamente sem usar dinheiro. Este novo modo de vida vem recebendo atenção de pessoas na Europa e fomentando discussões na internet
Um alemão de 29 anos conseguiu desenvolver um sistema de vida ao lado de sua família, cujo gasto de dinheiro é mínimo. Raphael Fellmer sustenta sua família há três anos com alimentos encontrados em caçambas de lixo de supermercados e adquire móveis e outros utensílios através da prática do escambo.
Fellmer mora de aluguel em um pequeno apartamento no porão de uma casa em Berlim, ao lado de sua esposa Nieve e seu filho. O casal paga as despesas de aluguel com serviços domésticos como jardinagem e reparos na residência. O único uso de dinheiro é para quitar contas de luz e água.
O casal utiliza dinheiro somente quando não há escolha. Uma dessas ocasiões foi durante a gestação do menino, quando Nieve teve que fazer um plano pré-natal. Raphael, nascido em uma família de classe média alta alemã e formado em Estudos Europeus, percebeu que há coisas mais importantes na vida do que o dinheiro.
Para ele, o dinheiro é uma invenção do homem e seu sistema pode entrar em colapso a qualquer instante. Desta forma, Fellmer adotou o modo de vida para proteger sua família dos efeitos negativos do sistema. A inspiração ocorreu após decidir realizar uma viagem para o México ao lado de amigos sem gastar um centavo. Prestando serviços em troca de transporte em navios e contando com caronas em caminhões, o alemão percebeu que o dinheiro não é fundamental para a vida do ser humano.
Já em relação aos alimentos, o Raphael encontra tudo o que precisa nas caçambas de lixo orgânico dos mercados do país. Segundo Fellmer, grande parte dos alimentos recolhidos na rua estão em perfeito estado. De acordo com a Organização de Alimentos e Agricultura das Nações Unidas (FAO), 30% de todo alimento produzido no mundo é desperdiçado.
Este novo modo de vida vem recebendo atenção de pessoas na Europa e fomentando discussões em fóruns na internet. Fellmer é tido como o líder do movimento, batizado de “vida-sem-dinheiro”.
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