Jesuscracia: PSC e PRB negam responsabilidade por cartaz
Partidos negam responsabilidade por cartaz que pede ‘jesuscracia’ no Brasil. Logotipos de PSC e PRB aparecem no banner que circula pela internet pedindo aos eleitores que votem apenas em candidatos religiosos para que o país possa escrever uma ‘Constituição Cristã’
O Partido Social Cristão (PSC) e o Partido Republicano Brasileiro (PRB) negaram hoje (13), em entrevista à RBA, responsabilidade por um cartaz que está circulando pelas redes sociais em comemoração à eleição do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara – que a peça publicitária considera uma “vitória de Deus”.
O banner começa com a expressão “Vencemos!” e continua dizendo que, apesar do “êxito” obtido na última semana, a “luta por um Brasil de Deus está longe de acabar”. Por isso, recomenda aos leitores que nas próximas eleições votem apenas em candidatos cristãos. “Com maioria no legislativo, vamos ungir o Brasil em nome do senhor e convocar uma Assembleia Constituinte para dar ao Brasil uma Constituição Cristã”, propõe. “Não esqueça que deus vigia teu voto. Vamos transformar o Brasil em uma jesuscracia.”
Procurada, a chefia de comunicação do PSC já estava a par da situação e afirmou que não se trata de uma peça do partido – pelo menos não oficialmente. “Nem sei o que o logotipo do PSC está fazendo ali.” Por outro lado, a coordenadora de redes sociais do PRB afirmou sequer conhecer o banner.
E espantou-se ao ver a “assinatura” do partido endossando o comunicado. Além de PRB e PSC, a peça traz ainda, como apoiadores, as marcas da Igreja Universal do Reino de Deus, Assembleia de Deus, Ingreja Internacional da Graça de Deus e Igreja Mundial do Poder de Deus.
Está marcada para as 14h de hoje a primeira sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, presidida pelo deputado Pastor Marco Feliciano. Por requerimento do parlamentar, o grupo deverá discutir a situação dos moradores de rua, violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes, inclusão no mercado de trabalho sem qualquer tipo de preconceito e um pedido à embaixada do Brasil na Bolívia para que interceda em defesa dos torcedores brasileiros detidos no país.