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Wagner Moura, Caetano Veloso, artistas e militantes pedem ‘Fora Feliciano’

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Caetano Veloso e Wagner Moura pedem saída de Feliciano de comissão. Ato contra parlamentar na Comissão de Direitos Humanos reúne artistas, políticos e movimentos religiosos e sociais

Um ato contra a atual política da Comissão de Direitos Humanos da Câmara representada pela presidência do deputado federal Marco Feliciano lotou o auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) na noite desta segunda-feira no centro do Rio de Janeiro. Durante o evento foram coletadas assinaturas para um abaixo-assinado que será entregue nesta terça-feira ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB) contra a permanência do parlamentar acusado de racismo e homofobia.

Ato contra Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos reúne artistas, políticos e movimentos religiosos e sociais (Foto: O Dia)

O encontro teve a presença de artistas como Caetano Veloso, Wagner Moura, Dira Paes e Leandra Leal, dos parlamentares Marcelo Freixo (deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Alerj), dos deputados federais Jean Wyllys, Chico Alencar (Psol), Erika Kokay e Alessandro Molon (PT), entidades religiosas, movimentos sociais e representantes indígenas.

“Esse ato é uma luta em defesa dos valores que historicamente fizeram a comissão de direitos humanos. Não é uma luta contra uma determinada pessoa ou religião, pelo contrário, é uma luta em defesa de todos os cidadãos e de todas as crenças religiosas”, falou Marcelo Freixo.

Segundo Freixo a substituição do deputado Marco Feliciano por outro com a mesma visão intolerante e preconceituosa não modifica os rumos da CDH em Brasília. “Estamos lutando para que o Feliciano deixe a presidência da Comissão, mas a saída dele precisa ir além, pois a grande maioria dos 18 deputados da comissão pertencem ao mesmo grupo político dele, a mesma política de anulação da comissão”, disse Freixo.

Para Caetano Veloso o momento é de união e de lembrar aos brasileiros que um Congresso livre, aberto e democrático só foi possível com muita luta.

– Não é admissível que essa Comissão de Direitos Humanos e de Minoria esteja sendo dirigida e presidida por um pastor que expressou nitidamente a intolerância, tanto da ordem sexual como racial. É fato conhecido e notório. Esse é um momento que nós deveríamos estar reunidos para tentar defender o que significa ter um Congresso. Porque o maior perigo é levar o povo brasileiro a desprezar esse nível do exercício do Poder Legislativo. Isso pode criar uma má impressão do que é democracia. Estamos reunidos aqui hoje para dizer que no Congresso não se pode fazer coisas absurdas, significa também dizer que nós não queremos viver sem o Congresso – afirmou o músico e compositor, muito aplaudido pela plateia presente.

O Dia