Coreia do Norte autoriza ataque nuclear contra os EUA
Coreia do Norte autoriza ataque nuclear contra Estados Unidos. Anúncio ocorre logo depois que Washington informou que reforçaria seu sistema antimísseis no Pacífico
A KCNA, agência estatal norte-coreana, informou que o governo de Pyongyang autorizou ataques militares contra os Estados Unidos, permitindo inclusive o uso de armas nucleares.
O anúncio norte-coreano ocorre no mesmo dia em que Washington indicou que reforçaria suas defesas antimísseis no Oceano Pacífico, preparando interceptadores terrestres na base de Guam (pequena ilha de possessão norte-americana próxima à China), como medida de “precaução” perante as ameaças da Coreia do Norte, informou nesta quarta-feira o Departamento de Defesa.
“Nós formalmente informamos a Casa Branca e o Pentágono que a política de hostilidade em escala contínua contra a República Popular da Coreia e seus imprudentes testes nucleares serão massacrados pela força de vontade de nosso povo (…) e por meios de atques nucleares de ponta, menores, mais leves e diversificados. A operação implacável das Forças Armadas Revolucionárias nesse sentido foi finalmente examinada e ratificada”, disse um porta-voz das Forças Armadas norte-coreanas.
“O momento da explosão está se aproximando rapidamente”, disse um comunicado das Forças Armadas norte-coreanas, afirmando que “a guerra entre os dois países [que incluiria naturalmente a Coreia do Sul] poderá ocorrer entre hoje e amanhã”, disse um miitar norte-coreano à KCNA citado pela agência France Presse.
O reforço militar norte-americano na região, por sua vez, será feito por meio do sistema antimísseis THAAD (Defesa Aérea Terminal de Alta Altitude), até o momento o único desenvolvido para destruir mísseis de alcances curto e intermediário tanto dentro como fora da atmosfera terrestre.
O movimento é “uma medida de precaução para fortalecer a posição de defesa contra a ameaça regional de mísseis balísticos da Coreia do Norte”, disse o Pentágono. “Este desdobramento fortalecerá as capacidades para defender os cidadãos americanos no território de Guam e as forças americanas que estiverem por lá”, acrescentou.
Antes mesmo do anúncio norte-coreano, o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, afirmou nesta quarta que as ameaças da Coreia do Norte representam um perigo “real e claro” para os interesses dos Estados Unidos e aliados como a Coreia do Sul e o Japão.
Em 26 de março, a Coreia do Norte anunciou que tinha colocado seus mísseis e unidades de artilharia “em posição de combate” em direção a Coreia do Sul, assim como contra o território continental dos EUA e as bases militares do país americano do Pacífico.
O regime de Kim Jong-un tem aumentado suas ameaças contra a Coreia do Sul e os EUA desde que a ONU impôs em 7 de março novas sanções por seu último teste nuclear de fevereiro.
Em resposta às recentes ameaças da Coreia do Norte, os Estados Unidos enviaram os destróieres “Decatur” e “John McCain” ao Pacífico ocidental.
No mês passado, o Pentágono anunciou um plano para reforçar os sistemas de defesa antimísseis do litoral oeste dos EUA e estar preparados perante um eventual ataque com mísseis.
Opera Mundi, EFE, Reuters e France Presse e a BBC