Feliciano diz que é contra aborto porque sua mãe teve uma clínica. Pastor conta que ficou traumatizado por ver as mulheres “perderem os seus bebês”
O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, explicou que é contra o aborto porque sua mãe teve uma clínica de aborto. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, ele conta que ficou traumatizado por viver o dia a dia da clínica.
O pastor é pressionado a renunciar à presidência da comissão devido às suas polêmicas opiniões sobre mulheres e gays. Marco Feliciano também é réu no Supremo Tribunal Federal em processos em que é acusado de racismo e homofobia.
Sobre a recente recomendação do Conselho Federal de Medicina para a legalização do aborto até o terceiro mês de gestação caso seja a vontade da mãe, Feliciano considerou um assassinato.
— Nesse momento, alguns médicos declaram ser Deus. Na 12 ª semana, estamos falando de um bebê de três meses de idade. De um bebê que já tem sentimentos, que recebe da mãe a vida, que já sente dor. Isso é assassinato.
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No caso de uma mulher que sofreu violência sexual, o pastor diz sentir muito e culpou a sociedade, a pornografia e as músicas sensuais.
— Sinto muito. Vivemos num mundo de cão. A sociedade tem a sua parcela de culpa disso. Esses tarados inveterados se alimentam de visões. A pornografia está em todos os lugares. As músicas acabam levando as pessoas à extrema sensualidade. E algumas pessoas têm deficiência hormonal e acabam ficando loucos. Eu sinto muito pela menina violentada, pela mulher. Mas o que foi gerado dentro dela não tem culpa disso. Não aborte.