Pregação de Feliciano sobre John Lennon vira notícia internacional
Pregação do deputado Marco Feliciano sobre morte de John Lennon vira notícia internacional
Um vídeo que mostra o pastor e deputado federal Marco Feliciano explicando que a morte de John Lennon teria sido provocada por castigo divino anda provocando polêmica não apenas no Brasil. Jornais australianos como o The Herald, o tabloide de maior circulação diária no país, e o The Australian publicaram a notícia, divulgada internacionalmente pela agência AFP.
“Ira de Deus matou John Lennon, diz pastor brasileiro evangélico Marco Feliciano”, publicou o The Herald. “John Lennon morreu por ira divina, diz pastor brasileiro”, noticiou o The Australian. Outros sites reproduziram a nota – uma pesquisa no Google pelo tema mostra que mais de 30 publicações internacionais repercutiram a pregação de Feliciano, que preside a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Assista ao vídeo, que já foi clicado quase 600 mil vezes no YouTube:
Na gravação de um programa de TV, o político afirma que o assassinato do ex-beatle, em 1980, teria ocorrido porque o compositor havia afirmado que sua banda era mais famosa que Jesus Cristo. “John Lennon chegou uma dia diante das câmeras, bateu no peito e disse: ‘os Beatles são mais populares do que Jesus Cristo’. Jesus não era popstar como ele, mas sim o mestre de uma grande religião. John Lennon estava olhando pras câmeras, dizendo ‘Nós Beatles somos uma nova religião’. A minha Bíblia diz que Deus não recebe esse tipo de afronta e fica impune.”, ele disse.
No início da semana, um vídeo em que Feliciano aparece explicando a morte dos integrantes do grupo Mamonas Assassinas também provocou polêmica (o motivo, no caso, também teria sido “ira divina”).
Em novo vídeo que circula na web, Feliciano insinua que Caetano Veloso e Lady Gaga fizeram pacto com o demônio. Veja:
O deputado provoca polêmica com declarações que são consideradas homofóbicas e racistas. É alvo de protestos de artistas e celebridades (como Daniela Mercury e Bruno Gagliasso), que se manifestam contra a permanência de Feliciano no cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos. A campanha Marco Feliciano não me Representa ganha força na web.
Tiago Faria, BlogsPop